domingo, 30 de novembro de 2014

O Brasil decente achou muito boa a notícia que tirou o sono do parceiro de Rose

“Neste país, as notícias ruins são manchetes e as boas saem pequenininhas”, vive resmungando Lula. Depende do olhar de quem lê ou da folha corrida de quem lê. Neste domingo, por exemplo, o site de VEJA informou que continua longe do desfecho judicial o escândalo descoberto em 23 de novembro de 2012 pelos policiais federais engajados na Operação Porto Seguro. A impunidade da quadrilha que forjava pareceres de órgãos federais para apressar a liberação de obras irregulares executadas por empresários malandros é uma notícia ruim para os brasileiros decentes. Mas muito boa para Lula.

Ele gostou de saber que, graças ao andar preguiçoso do caso na Justiça, tão cedo não se juntarão num banco dos réus os delinquentes de estimação que ampliaram consideravelmente o volume de negociatas depois do ingresso no bando de Rosemary Nóvoa de Noronha, a Rose. Entre 2004 e 2010, a mulher que costumava apresentar-se como “namorada do Lula” até a gente que acabara de conhecer acumulou o posto de segunda-dama da República Lulopetista com o cargo de chefe do escritório da Presidência em São Paulo.

Deu-se o contrário em 13 de novembro, quando o site do Superior Tribunal de Justiça divulgou o que foi uma ótima notícia para gente honesta e péssima para Lula: “O STJ acolheu o pedido da Infoglobo e do jornalista Thiago Herdy Lana para terem acesso aos gastos efetuados com o cartão corporativo do governo federal utilizado por Rosemary Nóvoa de Noronha, com as discriminações de tipo, data, valor das transações e CNPJ/razão social”. Thiago Herdy só recorreu ao STF depois de buscar inutilmente essas informações na Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Em resposta à solicitação, o órgão limitou-se a liberar a planilha que registra, sem discriminá-los, os gastos efetuados por Rosemary Noronha entre 2003 e 2011. Para o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, relator do caso no STJ, a esperteza da Secretaria de Comunicação Social configurou uma “violação ilegal do direito líquido e certo da empresa e do jornalista de terem acesso à informação de interesse coletivo”. Segundo Maia Filho, o pleno acesso aos extratos que detalham a gastança “é assegurado pela Constituição e regulamentado pela Lei de Acesso à Informação”.

Além do valor de cada transação, logo se saberá onde, quando e para quê a mulher que se apresentava aos comparsas como “namorada do Lula” sacou da bolsa o cartão corporativo do governo federal que ganhou junto com o empregão no escritório presidencial. As esquivas do Planalto, o sumiço de Rose e o silêncio do parceiro fortalecem a suspeita de que é de bom tamanho o teor explosivo das informações ainda secretas. Todas, admita-se, são menos graves que as evocadas pelo Ministério Público para denunciar Rose por formação de quadrilha, corrupção passiva, tráfico de influência e falsidade ideológica.

Mas, contempladas por Lula, decerto parecerão mais constrangedoras e desmoralizantes. Conjugadas, vão confirmar que o caso Rose é o primeiro escândalo que o ex-presidente que nunca sabe de nada está impedido de terceirizar, ou enterrar na cova rasa onde jazem os muitos casos de polícia que o chefe debitou na conta dos chefiados. Não houve intermediários entre Luiz Inácio e Rosemary. Foi ele quem instalou a segunda-dama no comando do escritório presidencial que acabaria reduzido a sucursal de quadrilha. Foi ele quem fantasiou de mãe-da-pátria uma soberba nulidade.

Também foi ele quem ordenou a Dilma que mantivesse no cargo a vigarista de estimação. Foi ele quem presenteou a companheira com 23 viagens internacionais a bordo do Aerolula. Foi ele quem transformou delinquentes amigos da amiga em diretores de agências reguladoras. Foi ele quem confundiu interesses públicos com prazeres privados. Foi ele, enfim, o protagonista da chanchada pornopolítica que produziu, como constata o post reproduzido na seção Vale Reprise, pelo menos 40 perguntas à espera de respostas ou álibis que não há.

“Inexiste justificativa para manter em sigilo as informações solicitadas, pois não se evidencia que a publicidade de tais questões atente contra a segurança do presidente e vice-presidente da República ou de suas famílias”, liquidou a questão o relator Maia Filho. “A divulgação dessas informações seguramente contribui para evitar episódios lesivos e prejudicantes”. Pena que a decisão do STJ tenha sido confinada nos centímetros que sobraram nas editorias de Política & Polícia inundadas pelas bandalheiras do Petrolão. Para quem respeita a lei, foi uma ótima notícia. Merecia manchete.

Papa Francisco e Patriarca da Igreja Ortodoxa declaram projeto de reunificação

Papa Francisco e Patriarca Ecumênico Bartolomeu I
firmam declaração conjunta em Istambul - 

Filippo Monteforte / AP
Igrejas estão separadas desde o 'Grande Cisma do Oriente' de 1054 
POR O GLOBO
30/11/2014 10:47 / ATUALIZADO 30/11/2014 11:04
ISTAMBUL, TURQUIA - O Papa Francisco e o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, líder da Igreja Ortodoxa, fizeram neste domingo uma declaração conjunta em Istambul, na Turquia, que poderia abrir o caminho para a reunificação das duas correntes cristãs, separadas há mais de mil anos.

Francisco assegurou que a união não poria riscos à tradição e aos ritos dos ortodoxos, que seriam mantidos. Segundo ele, "não se trata de absorção nem de submissão, mas sim da aceitação de todos os dons que Deus tem dado a cada um".

Católicos e ortodoxos caminham separados desde o "Grande Cisma" de 1054, quando o grupo de cristãos do Oriente questionou a soberania do papa sobre o credo em Constantinopla (atual Istambul), capital do antigo Império Romano do Oriente.

As palavras históricas foram proferidas durante o terceiro e último dia de viagem do pontífice à Turquia. Em Istambul, Francisco participou da festividade de Santo André, irmão de Pedro e um dos discípulos de Jesus, considerado o patrono da Igreja Ortodoxa. Por ser parente do primeiro papa, o santo também serve como um dos elos de ligação entre a Igreja Católica Apostólica Romana e os ortodoxos.

CONDENAÇÃO DE 'FANATISMO RELIGIOSO'

Na sexta e no sábado, dois primeiros dias da viagem à Turquia, Francisco condenou o fanatismo e o fundamentalismo no Oriente Médio e a perseguição de cristãos na Síria e no Iraque. O pontífice afirmou que, "assim como os medos irracionais que fomentam a incompreensão e discriminação, precisam ser combatidos com a solidariedade de todos os fiéis".

Sobre o combate ao Estado Islâmico, o Papa reiterou que o problema não pode ser enfrentado só com ações militares, mas através de um compromisso conjunto "com base na confiança mútua, que pode abrir o caminho para a paz duradoura". A visita é considerada um desafio às ameaças dos jihadistas do Estado Islâmico (EI), pois ocorre após extremistas capturarem partes de território do Iraque e da Síria perto da fronteira da Turquia, declarando um califado islâmico e matando ou expulsando muçulmanos xiitas, cristãos e outros fiéis que não compartilham a crença no Islã sunita radical pregado pelo grupo.

A água está chegando ao pescoço

O ADVOGADO DA PETROBRAS AVISOU O PLANALTO DOS RISCOS DE A ESTATAL CONTINUAR CONTRATANDO OBRAS SEM LICITAÇÃO APESAR DAS SUCESSIVAS ADVERTÊNCIAS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SOBRE IRREGULARIDADES.

Como desdobramento de sua edição anterior, a revista Veja deste fim de semana publica reportagem informando que, em maio de 2007, o então advogado da estatal junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Claudismar Zupiroli, encaminhou e-mail à então secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, em que manifesta preocupação com o fato de que o TCU estava, à época, fiscalizando a Petrobras por uso abusivo de decreto presidencial que permite gastos sem licitação. “Zupiroli informa que há um “voa barata” entre os gestores da Petrobras, que estavam “com medo do recrudescimento do tribunal em cima deles”, por causa das contratações sem licitação”, diz trecho do texto.

Na edição da semana passada, Veja demonstra que indícios da corrupção chegaram ao Planalto sem que providências efetivas tenham sido tomadas. A semanal veiculou mensagem eletrônica enviada pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, um dos delatores do esquema, à então ministra-chefe da Casa Civil, advertindo o Planalto a adotar uma solução política para as irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em três obras, ameaçadas de paralisação. Entre elas, a refinaria de Abreu e Lima em Pernambuco. “O governo seguiu sua orientação”, diz a reportagem. O Planalto reagiu, em nota, acusando a revista de “manipulação jornalística”.

Intitulada “A água está chegando ao pescoço”, a reportagem desta semana diz que também Erenice Guerra nenhuma providência tomou em relação aos sinais de que um esquema de corrupção estava em curso na estatal, capitaneado por Paulo Roberto e o doleiro Alberto Youssef, o operador financeiro das fraudes em contratos. Ambos fazem delação premiada à Justiça, no âmbito do inquérito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, para diminuir suas penas.

“Não há registro de que a principal conselheira de Dilma tenha tomado alguma providência no sentido de ao menos averiguar se havia algo errado. O que se viu foi que as contratações sem licitação continuaram a todo o vapor. O primeiro e-mail revelado por VEJA mostrou que o Planalto foi acionado por Paulo Roberto Costa para não deixar o TCU interromper as obras e, claro, a dinheirama sem licitação. A mensagem do advogado, bem mais explícita e eloquente, mandara o mesmo recado dois anos antes”, registra a reportagem deste fim de semana.

Fonte: http://g1neews.blogspot.com.br

PT repete “mensalão” e trata suspeito do “petrolão” como herói injustiçado

Vaccari. Fonte: GLOBO
Quem repete por aí que todos são iguais, banalizando os infindáveis escândalos de corrupção da era lulopetista, ignora ao menos duas diferenças básicas: primeiro, a magnitude da coisa, que atingiu patamares nunca antes vistos na história deste país; segundo, a reação do próprio PT, que se nega a cobrar investigações e punir os seus corruptos.

Foi assim no “mensalão”, quando mesmo depois de julgados e condenados em última instância, os corruptos da alta cúpula partidária foram tratados como heróis injustiçados, e a própria Justiça foi alvo de duros ataques, principalmente o ministro Joaquim Barbosa. O PT fez sua escolha oficial: José Dirceu é o “guerreiro do povo brasileiro”, e Barbosa o “inimigo do povo”. Agora, com o “petrolão”, tudo já indica que a postura do PT será a mesma.

No epicentro do escândalo, acusado com várias evidências de ser o operador do PT dentro do esquema de desvio na Petrobras, está o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. E qual a reação do partido diante disso? Cobra investigações? Pede punições caso comprovados os desvios? Só rindo. O partido recebe o suspeito com aplausos efusivos. Isso mesmo: Vaccari foi ovacionado em evento do PT:

Um dos alvos da Operação Lava-Jato, que investiga desvios bilionários na Petrobras, o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, foi blindado pelo partido e ovacionado pelos integrantes do Diretório Nacional, nesta sexta-feira, durante reunião em Fortaleza. O desagravo e as palmas, puxadas pelo presidente do PT, Rui Falcão, aconteceram no encontro que, mais tarde, teve a participação da presidente Dilma Rousseff.

Ao falar sobre as finanças do PT, em encontro fechado em um hotel de Fortaleza, Vaccari se disse injustiçado e aproveitou para se defender das acusações de que seria um dos beneficiários do esquema de recebimento de propinas da Petrobras e de empreiteiras que mantêm negócios com a estatal.

O tesoureiro afirmou aos integrantes do Diretório Nacional: “Nunca fiz nada de errado”. Vaccari disse não ter “nada a temer” e alegou que vem sendo alvo sistemático de “injustiças”. Ele explicou aos petistas que seus sigilos bancário, fiscal e telefônico estão abertos desde 2000 e que nunca ninguém encontrou nada que o desabonasse.

Ou seja, fez aquilo que os petistas mais fazem: apelou para a vitimização, colocou-se como um pobre injustiçado, alvo de calúnias. Pelo visto, os membros do partido ali presentes, a começar por seu presidente, Rui Falcão, ficaram muito satisfeitos com as “explicações”, e ponto final. O homem é um herói nacional, praticamente um santo, e por suas virtudes é atacado por golpistas da oposição.

Com esse tipo de postura, partindo do próprio comando do PT, ninguém poderá reclamar depois quando os petistas forem acusados de cúmplices. Não há mais como sustentar a ignorância. O PT não tem mais membros por afinidade ideológica, apenas parceiros do crime, sócios do butim, cúmplices que aceitam os métodos obscuros e corruptos como legítimos.

Gente que valoriza princípios iria cobrar investigações e lutar para expurgar do partido os criminosos. Mas o único princípio do PT é não ter princípios. É possível dizer sem medo de errar: o PT não é mais sequer um partido, e sim um ajuntamento mafioso que toma a corrupção dos seus como um método aceitável para seu fim “nobre”, qual seja, a eterna permanência no poder. São todos coniventes!

Rodrigo Constantino

sábado, 29 de novembro de 2014

Surgem novas evidências do 'PETROLÃO'

Retorna hoje (28) ao Brasil, a delegação de investigadores enviados a Suiça para buscar evidencias do caso 'PETROLÃO' tendo em mãos, documentos liberados pelos bancos suíços por exigência da Justiça, documentos estes que acumulam um verdadeiro dossiê sobre como funciona o pagamento de propinas no Brasil. Algumas das evidências apontam que as contas e o esquema financeiro operam há anos, principalmente em Genebra. Extratos bancários de contas na Suíça, do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa confirmam os depoimentos nas delações de testemunhas de envolvimento no esquema de corrupção na PETROBRAS.

Os documentos apontam cinco contas em nome do ex-executivo da Petrobras, nas quais foram depositadas um total de US$ 26 milhões de dólares. Esses recursos serão devolvidos ao Brasil e serão administrados pelo MP e pelo Supremo Tribunal Federal.

O que mais chamou a atenção dos investigadores, foram os nomes de quem fez os depósitos. O conteúdo dos extratos, quem alimentou as contas na Suíça e quem recebeu o dinheiro estão sendo mantidos em total sigilo enquanto a delegação brasileira não retorna.

Segundo Ministério Público da Suíça, os brasileiros retornarão ao País com provas suficientes para dar início à etapa final da investigação. Entre os nomes buscados estão Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado nas delações como operador do PMDB, além de empresas e intermediários.

Acabou o recreio da missa: Papa Francisco proíbe canto da paz e outras baguncinhas…

Através da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos chega para todos os católicos um novo documento: O SIGNIFICADO RITUAL DO DOM DA PAZ NA MISSA.

Neste documento, a Igreja deseja ensinar o correto significado do dom da paz na missa e a forma correta de o fazê-lo. Resumidamente a Igreja através desta carta, quer alertar os católicos de que momento da paz não é a hora do recreio na missa, onde é permitida a baguncinha, onde todo mundo pode romper o silêncio, sair dando abracinhos, beijinhos, e colocando o papo em dia. Também não é a hora de tocar aquela musiquinha animada da paz dizendo que você é importante, e que é muito bom você estar aqui. E muito menos o momento do padre abandonar o altar e bancar o padre peregrino que não descansa até cumprimentar o último fiel presente.

Antes de qualquer coisa é preciso que eu diga que um dia eu também já fiz isso. Quando toco em uma missa e o padre pede para cantar a paz, tenho que cantar, muito embora não ache correto. Já faz um tempo que tenho me dedicado a estudar a Santa Liturgia e agora tento não errar mais. Errei muito mais por falta de conhecimento do que por desobediência à liturgia. Mas graças a Deus agora temos um documento que podemos apresentar aos sacerdotes peregrinos. Se eles se recusarem a obedecer ai é problema deles com a Igreja e com Deus. Nosso papel é instruir, informar, ensinar mas acima de tudo obedecer. Agora só fica a pergunta: Como o padre pode pedir obediência aos fieis, se nem ele mesmo obedece? Como o padre pode ensinar aos fieis a fazer aquilo que Deus ensina, se os padres não obedecem a Igreja e fazem tudo que lhe dá na telha?

O momento da paz está inserido no Rito Eucarístico, um momento profundo onde o silêncio e a oração se fazem presentes. Portanto o momento da paz é simples: De maneira discreta e profunda, deseje a PAZ DE CRISTO a pessoa que está do lado esquerdo e direito. Feito isso, segue o rito. Nada de ficar acenando a mão para a aquele seu amigo que está do outro lado da igreja. Segundo o Papa Francisco e a Congregação para o Culto Divino #TheZueirasEnd.

Agora vem a missão de quem é realmente católico: Obedecer e ensinar aos outros irmãos. Não cabe a nós dar jeitinhos, adaptar a ordem, inventar uma nova dinâmica, pensar em um novo jeito… Enfim, não cabe a nós a desobediência. Aos padres, cabe a missão de reunir e ensinar os fieis. É lógico que isso não vai mudar da noite para o dia. É uma mudança de mentalidade onde os fieis adeptos da “baguncinha do recreio” vão reclamar, fazer birra, beicinho… Mas é preciso mais do que nunca se fazer cumprir esta ordem que não é minha, mas da Igreja.

Para os que desejam saber mais, preparei um PDF com a carta traduzida para o português pelo site Apologistas Católicos se desejar, O clique, imprima, informe ao seu sacerdote. BAIXE A CARTA CLICANDO AQUI. Vai que de repente ele não está sabendo… Agora é com você!

E se caso algum irmão que acessa este blog não tenha gostado daquilo que escrevi acima, vai um recado importante: Eu sou católico, nasci, cresci e devo muito da minha fé a Renovação Carismática Católica. Mas hoje eu tenho a compreensão de que não podemos transformar a missa em um grupo de oração. Da mesma forma com os outros movimentos e pastorais. A Santa Missa está acima de todos nós.

Pax Domini

Operação Lava Jato: procuradores do MPF prevêem muitas prisões de políticos e até fechamento de partidos.

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Alexandre Camanho de Assis (foto), afirmou nesta sexta-feira (28), durante evento em Maceió (AL), acreditar que a operação Lava Jato deve ter efeito similar à operação Mãos Limpas, na década de 90 na Itália, que resultou em prisões, condenações, extinção de partidos e redução de preços de obras públicas.

"Se Deus quiser, a Lava Jato terá um efeito aqui parecido com a operação Mãos Limpas da Itália. Se as coisas correrem bem, pode ocorrer algo aqui igual, ou seja, partidos políticos fechados, com prisões e condenações. Temos a perspectiva de que isso ocorra", disse Assis, que participou do 12º Congresso Nacional do Ministério Público de Contas.

Nos anos 90, a operação Mãos Limpas investigou mais de 5.000 pessoas envolvidas em casos de corrupção na Itália. Um dos punidos no escândalo foi o líder do PSI (Partido Socialista Italiano) e ex-primeiro-ministro Bettino Craxi. Alguns suspeitos chegaram a cometer suicídio, como o presidente da estatal do petróleo ENI, Gabriele Cagliari; e o empresário Raul Gardini. Estudos apontam que, após a operação, o valor médio das obras públicas caiu. Partidos também fecharam as portas após o escândalo.

Para o presidente da associação de procuradores, o Brasil caminha nessa direção ao registrar avanços significativos no combate ao crime de colarinho branco nos últimos anos. "Nesta última década, a legislação tornou o combate à corrupção uma coisa mais fácil e com aparelhamento muito maior, prova disso é a operação Lava Jato", afirmou.

Assis ainda fez uma defesa de uma força maior aos ministérios públicos do país, que deveriam ser um "novo poder constituído." "Faço aqui um exercício de futuro. Seria o quarto poder no país um poder fiscal? No combate à corrupção, como em tantas outras coisas, pressupõe a necessária instrumentalização para combater o mal, o câncer público, e que se preserve o Estado funcionando bem com a estrutura de cidadania", disse.

O procurador fez uma comparação da legislação de outros países e disse que não haverá avanços sociais plenos sem combate forte à corrupção. "Não há país no mundo que tenha conseguido melhora suas prestações com a sociedade que não tenha acordado para o fato de que é preciso fiscalizar a aplicação do dinheiro, se administração está se desempenhado bem. Essa tarefa se tornou algo básico nas democracias contemporâneas. Para isso, é preciso ter um MP à altura dessa imensa responsabilidade."

Ainda durante os debates, o procurador da República Rodrigo Tenório ainda criticou o argumento que alguns advogados das empresas acusadas na Lava Jato usaram para o caso. "É risível que eles aleguem que foram extorquidos. Quer dizer que o sujeito é extorquido para ficar milionário? Não tem qualquer fundamento", disse.

Efeito didático do mensalão

O avanço do combate à corrupção no Brasil também foi levantado pelo procurador da República José Alfredo de Paula Silva - um dos atuaram no processo do Mensalão. Ele defendeu a tese de "efeito didático" da condenação dos acusados no escândalo durante o primeiro mandato do governo Lula.

"O Alberto Yousseff e o Paulo Roberto Costa eram operadores de um esquema. E eles só abriram a boca porque viram o que aconteceu Marcos Valério. Ele está preso! E não teve reforma de presídio para ele, que está comendo o pão que o diabo amassou, como todos os outros presos", afirmou.

O procurador afirmou ainda como acredita funcionar a mente dos corruptos. "Nos crimes de colarinho branco, o raciocínio é bem simples: o pretenso criminoso faz uma relação de custo/benefício para ver se vale a pena delinquir. A impunidade entra como um estímulo. O mensalão quebra esse paradigma, já que a ação tem começo, meio e fim, o que não ocorria nesse país --nem para uma condenação, nem para uma absolvição", disse.

(UOL)

POSTADO POR O EDITOR

terça-feira, 25 de novembro de 2014

POLICIA FEDERAL COMPROVA ENVOLVIMENTO DE LULA E DILMA NO PETROLÃO.

E-mails provam que Lula e Dilma poderiam ter interrompido o propina das Empreiteiras da Petrobras. O doleiro Alberto Youssef disse à Justiça que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na Petrobras. Agora, mensagens encontradas pela PF em computadores do Planalto mostram que eles poderiam ter interrompido o propinoduto, mas, por ação ou omissão, impediram a investigação sobre os desvios.

Antes de se revelar o pivô do petrolão, o maior escândalo de corrupção da história contemporânea brasileira, o engenheiro Paulo Roberto Costa era conhecido por uma característica marcante. Ele era controlador e centralizador compulsivo. À frente da diretoria de Abastecimento e Refino da Petrobras, nenhum negócio prosperava sem seu aval e supervisão direta. Como diz o ditado popular, ele parecia ser o dono dos bois, tamanha a dedicação. De certa forma, era o dono — ou, mais exatamente, um dos donos —, pois já se comprometeu a devolver aos cofres públicos 23 milhões de dólares dos não se sabe quantos milhões que enfiou no próprio bolso como o operador da rede de crimes que está sendo desvendada pela Operação Lava-Jato. Foi com a atenção aguçada de quem cuida dos próprios interesses e dos seus sócios que, em 29 de setembro de 2009, Paulo Roberto Costa decidiu agir para impedir que secassem as principais fontes de dinheiro do esquema que ele comandava na Petrobras. Costa sentou-se diante de seu computador no 19º andar da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, abriu o programa de e-mail e pôs-se a compor uma mensagem que começava assim: “Senhora ministra Dilma Vana Rousseff...”.

O que se segue não teria nenhum significado mais profundo caso fosse rotina um diretor da Petrobras se reportar à ministra-chefe da Casa Civil sobre assuntos da empresa. Não é rotina. Foi uma atitude inusitada. Uma ousadia. Paulo Roberto Costa tomou a liberdade de passar por cima de toda a hierarquia da Petrobras para advertir o Palácio do Planalto que, por ter encontrado irregularidades pelo terceiro ano consecutivo, o Tribunal de Contas da União (TCU) havia recomendado ao Congresso a imediata paralisação de três grandes obras da estatal — a construção e a modernização das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná, e do terminal do Porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo. Assim, como quem não quer nada, mas querendo, Paulo Roberto Costa, na mensagem à senhora ministra Dilma Vana Rousseff, lembra que no ano de 2007 houve solução política para contornar as decisões do TCU e da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.

Também não haveria por que levantar suspeitas se o ousado diretor da Petrobras que mandou mensagem para a então ministra Dilma Rousseff fosse um daqueles barnabés convictos, um “caxias”, como se dizia antes nas escolas e no Exército de alguém disposto a arriscar a própria pele em benefício da pátria. Em absoluto, não foi o caso. Paulo Roberto Costa, conforme ele mesmo confessou à Justiça, foi colocado na Petrobras em 2004, portanto cinco anos antes de mandar a mensagem para Dilma, com o objetivo de montar um esquema de desvio de dinheiro para políticos dos partidos de sustentação do governo do PT. Ele estava ansioso e preo­cupado com a possibilidade de o dinheiro sujo parar de jorrar. É crível imaginar que em 29 de setembro de 2009 Paulo Roberto Costa, em uma transformação kafkiana às avessas, acordou um servidor impecável disposto a impedir a paralisação de obras cruciais para o progresso da nação brasileira? É verdade que às vezes a vida imita a arte, mas também não estamos diante de um caso de conversão de um corrupto em um homem honesto da noite para o dia.

Fonte: http://g1neews.blogspot.com.br/

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Papa recebe Aliança Evangélica e elogia esforços ecumênicos

Na manhã de quinta-feira, 06/11, o Papa recebeu um grupo de membros da Aliança Evangélica Mundial. Fundada em 1951 por cristãos de 21 países, a AEM é uma estrutura global que reúne 160 milhões de cristãos evangélicos em 111 países.

«A vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo, que se entregou por nossos pecados, para nos libertar da perversidade do mundo presente, segundo a vontade de Deus, nosso Pai» (Gal 1,3-4).

Com esta citação do Apóstolo Paulo, o Papa iniciou seu breve discurso aos membros da Aliança, na Biblioteca do Vaticano. Depois de reiterar que a realidade da unidade da fé tem seu fundamento no Batismo – dom divino que temos em comum – Francisco recordou ainda uma verdade fundamental e consoladora:

“O Senhor sempre nos precede com o seu amor e sua graça. Precede as nossas comunidades; antecipa e prepara os corações daqueles que anunciam o Evangelho e daqueles que o acolhem”.

Desde o início, sempre houve divisões entre os cristãos, e ainda hoje, infelizmente, persistem rivalidades e conflitos; uma situação que, segundo o Papa, enfraquece a nossa capacidade de cumprir o mandamento de pregar o Evangelho a todas as nações.

“A realidade de nossas divisões deturpa a beleza da túnica inconsútil de Cristo, mas não destrói completamente a profunda unidade gerada pela graça em todos os batizados”, disse Francisco, mencionando o decreto sobre o ecumenismo ‘Unitatis redintegratio’, do Concílio Vaticano II. “Certamente a eficácia do anúncio cristão seria maior se os cristãos superassem suas divisões, celebrassem os Sacramentos e testemunhassem a caridade juntos”.

O Papa se disse satisfeito pelos esforços conjuntos do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e da Comissão Teológica da EAM, pois esclareceram os mal-entendidos e abriram caminhos para superar preconceitos.

Terminando, Francisco se disse confiante que o Espírito Santo inspire na Igreja a coragem para perseverar e tentar novos métodos de evangelização: “Que esta nova etapa no relacionamento entre católicos e evangélicos permita realizar plenamente a vontade do Senhor de levar o Evangelho até os extremos confins da terra”, concluiu, pedindo orações de todos para si e seu ministério.

O Brasil e a Aliança Evangélica Mundial

Os brasileiros, reverendo Bertil Ekstrom, diretor executivo da Comissão de Missão, e a diretora executiva da Comissão Teológica da Aliança, Rosalee Ewell, falaram sobre o encontro com o Papa à nossa colega Dulce Araújo.

Fonte: Rádio Vaticano

Local: Cidade do Vaticano

FHC: “Dilma se sente ilegítima, mesmo após reeleita”

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou, no último sábado (15), que a presidente Dilma Rousseff se sente “ilegítima”, mesmo após a reeleição. Segundo ele, os motivos seriam as várias crises simultâneas enfrentadas pelo Brasil sob sua gestão.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo desse domingo (17), durante participação no Festival Piauí de Jornalismo, FHC lamentou o quadro político brasileiro. “A crise é grande. Não é uma crise, são várias crises ao mesmo tempo. Você tem a sensação de uma presidente que ganha a eleição, mas se sente ilegítima. Não é sua culpa, mas se sente”.

Para o tucano, o “jogo político” petista é “mal organizado”. “Nunca vi um presidente demitir o ministro da Fazenda no ar. O ministro continua, não tem outro, gera incerteza”, criticou. Barganha

Fernando Henrique afirmou também que as crises são reflexo da falta de alternativa ao “sistema de barganha” entre o governo e os 22 partidos do Congresso, – serão 28 a partir de janeiro – a área energética e até o fortalecimento da direita.

“Há um processo de criação de núcleos de direita que não tem a ver com o PSDB, com o Aécio. Houve a instigação nesse sentido pela obsessão do PT em dividir: nós e eles, nós e eles'”, disse.

Para o tucano, “não está claro o futuro em matéria institucional e, em consequência, a capacidade de conduzir o país no mundo, que está mudando tão rapidamente”, concluiu.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A ajuda dos americanos pode garantir o final exemplarmente feliz de um filme sobre o Petrolão: nenhum bandido escapa da cadeia

Imagem: Google

“A Petrobras é como a Seleção, um símbolo do Brasil em qualquer lugar do mundo”, disse Lula em 2007. ”Com o pré-sal, a Petrobras vai ser uma das empresas mais fortes do mundo”, avisou em 2008. “Eles querem privatizar a Petrobras porque nunca antes neste país o Brasil teve uma potência conhecida no resto do mundo”, festejou em 2009. “Eles não se conformam com o governo de um nordestino que fez a Petrobras ser respeitada no mundo inteiro”, cumprimentou-se em 2010, pouco antes de entregar a Dilma Rousseff uma estatal infestada de incompetentes, gatunos e vigaristas.

A presença da palavra mundo em todas as frases acima reproduzidas informa que o ex-presidente é um megalomaníaco sem cura. As quatro falácias entre aspas identificam um governante sem compromisso com a verdade. A soma das duas disfunções confirma aos berros que um farsante patológico foi presidente da República durante oito anos e continua exercendo os poderes de único deus da seita que se apossou do governo. O Brasil Maravilha registrado em cartório só existe na cabeça baldia do chefe supremo e nos cérebros semidesertos de sacerdotes e devotos.

Até o começo do século, a Petrobras foi marcada pela solidez financeira e pela eficiência administrativa. Em 12 anos, o governo lulopetista reduziu a empresa a um viveiro de corruptos. O colosso inventado pelo palanque ambulante só figurou entre os campeões dos petrodólares na imaginação dos nacionalistas de galinheiro. A empresa admirada no mundo inteiro nunca produziu barris suficientes para assombrar o mundo. Mas conseguiu produzir um caso de polícia que vai, agora sim, torná-la mundialmente conhecida.

O que já se sabe do Petrolão comprova que em nenhuma empresa do ramo um bando de delinquentes roubou tanto, por um período de tempo tão longo e com tamanha desfaçatez. Com a entrada em cena do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a história tem tudo para virar roteiro de um filme. Semanas a fio, multidões de brasileiros lotarão as salas de cinema do país inteiro. Ninguém vai perder a chance de ovacionar o final exemplarmente feliz: graças à ajuda dos investigadores americanos, nenhum bandido ─ nenhum ─ escapa da cadeia.

Dom Itamar Vian recebe representante do Papa em comemoração aos seus 30 anos de episcopado

Dom Itamar Viana. (Foto: Arquidiocese Feira de Santana)

A Arquidiocese de Feira de Santana, na Bahia, rende graças a Deus pelos 30 anos de Episcopado do Arcebispo Dom Itamar Vian, que serão completados no dia 22 de novembro. A ocasião será marcada por uma Missa, presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello, na Igreja de Santo Antônio – Capuchinhos (avenida Presidente Dultra – Feira de Santana), às 16h.

A Missa também celebra os dez anos de instalação da Faculdade Católica de Feira de Santana e os dez anos do Seminário Maior Sant’Anna Mestra. Os paroquianos da cidade conhecida como “Princesa do Sertão” também estarão em festa com a visita do Núncio Apostólico, entre os dias 21 e 23 deste mês. Confira a programação completa da visita!

Dia 21 de novembro
17h30 – Recepção no Seminário Sant’Ana Mestra – diretores e seminaristas dos seminários da Província Eclesiástica;
19h30 – Missa na Igreja Cristo Redentor – Jomafa.
Dia 22 de novembro
8h – Coletiva com a imprensa – Sala de Comunicação – Centro Paroquial Santana;
9h – Visita à Faculdade Católica e aos seminários das Dioceses: Feira de Santana, Barra, Irecê, Serrinha, Paulo Afonso, Juazeiro e Rui Barbosa. Visita às Irmãs Clarissas e ao mosteiro, em construção, o primeiro no Estado da Bahia;
10h30 – Encontro com bispos, padres, diáconos e seminaristas;
11h45 – Reunião com os bispos da Província Eclesiástica;
12h30 – Seminário Sant’Ana Mestra com bispos, padres, diáconos e seminaristas;
16h – Missa e, ação de graças pelos trinta anos de Episcopado de Dom Itamar Vian e pelos dez anos da Faculdade Católica e Seminário Maior Santana Mestra, na igreja Santo Antônio – Capuchinhos;
19h- Colégio Padre Ovídio. 
Dia 23 de novembro
7h – Missa na Catedral Metropolitana Senhora Sant’Ana – Abertura do Ano dedicado à Vida Consagrada; 8h30 – Residência do Arcebispo Dom Itamar Vian;
9h30 – Palestra para casais e jovens no auditório do Colégio Padre Ovídio;
11h30 – Seminário SantAna Mestra – Despedida.

O impeachment da Presidente parece ser questão de tempo

Por Bernardo Santoro, publicado no Instituto Liberal
A Operação Lava-Jato, feita pela Polícia Federal, cada vez mais se parece com a Operação Mãos Limpas, feita na Itália na década de 90 contra a máfia lá instalada, que resultou em uma profunda reforma política e a extinção de vários grandes partidos italianos.

Vários pequenos operadores da Petrobras já chegaram a acordos de delação premiada que resultarão na devolução de quase meio bilhão de reais aos cofres públicos. Além deles, outros dois ex-funcionários já fizeram acordos parecidos. Paulo Roberto Costa devolverá 70 milhões de reais e Pedro Barusco inacreditáveis 250 milhões de reais. Já está provada a implicação de mais de 100 políticos no esquema, dentre três partidos da base governista: PT, PP e PMDB. A maior parte desses negócios foi feita sob a tutela da Presidente Dilma Rousseff, seja no próprio cargo executivo máximo da república, seja como Presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Com o fim das investigações e sua publicização, restará evidente que o impeachment da Presidente Dilma não será uma questão de “se”, mas de “quando”. E o “quando”, adianto, não será agora. O colunista do Globo, Merval Pereira, escreveu no Globo que tem essa mesma sensação, e que as manifestações pelo impeachment não são um golpismo, e sim apenas um movimento deslocado no tempo. Daqui a três ou seis meses essas passeatas realmente terão significado, especialmente quando soubermos a extensão da implicação do Palácio do Planalto nas operações.

Com a Presidente afastada e o Vice-Presidente Michel Temer assumindo, fica a seguinte pergunta: e daí, o que muda de fato?

Essa é uma pergunta pertinente, pois ainda não sabemos que tipo de força política vai emergir dessa ruptura política. Na Itália, ascendeu ao poder um representante pervertido e estatista do empresariado, Silvio Berlusconi. Quem vai assumir a dianteira do processo político?

Se liberais e conservadores tomarem posse dessa liderança e estabelecerem a agenda política brasileira com redução do aparelho estatal, desburocratização, responsabilidade fiscal e redução da carga tributária, haverá uma real mudança. Mas tanto o movimento liberal quanto o conservador são bastante restritos no campo político ainda, embora estejam crescendo com vigor. O movimento psolista também cresce a olhos vistos, mas não tem presença política nacional relevante.

Por isso, a ordem natural do processo político será a substituição de um grupo político autoritário e patrimonialista por outro com mesma identidade ideológica e sem compromisso com reais mudanças institucionais no país. É bem possível que, neste momento, a direita que está indo às ruas para ser humilhada por jornalistas venais esteja, na verdade, fazendo o jogo de pessoas sem compromisso com um Brasil sustentável e livre. Mas isso não pode nos impedir de continuar a lutar pelo que é certo. O impeachment será muito bom quando for atingido, mas a verdadeira revolução está no dia-a-dia dos movimentos pela liberdade, seja no próprio campo político, como no acadêmico e no econômico.

E 2018 já é logo ali.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Santuários eleitorais do Bolsa Família.

BELA VISTA DO PIAUI (PI) – Na pequena Bela Vista do Piauí, povoada por apenas 3.778 moradores, dos quais mais da metade – exatamente 2.535 almas vivas – resiste bravamente na zona rural, o Bolsa Família não é apenas um poder paralelo. É uma “mãezona”. Sustenta mais de um terço da população e o cartão magnético usado para sacar o benefício na Caixa serve para irrigar contas até de conselheiros tutelares e presidentes de partidos.

Conselheira tutelar Josiene Marques tem salário acima de R$ 800, um Honda Civic e uma moto na garagem e recebe Bolsa Família.
Josiene Marques, 41 anos, faz parte do time do Conselho Tutelar, órgão mantido pela Prefeitura Municipal, que exemplifica uma grave distorção no programa de transferência de renda criado para pobres, mas desviado para quem dele não deveria fazer uso: embolsa R$ 850,00 de salário como conselheira e R$ 147,00 pela Bolsa.
Foi localizada pela reportagem em sua casa, a 200 metros da sede do Conselho, com um carro na garagem, um Honda Civic e uma moto. Alegou que os meios de transporte foram adquiridos pelo marido e que é beneficiária do Bolsa Família praticamente desde que o programa existe. Embora tenha conquistado o emprego de conselheira tutelar através de concurso, Josiene continua recebendo a bolsa há quase dois anos.
“Já fui notificada para dar baixa e estou fazendo isso”, afirmou. Como conselheira tutelar, seu caso não é único no município. 
José Erivan, Josimar Tolentino e Marcelo Tolentino são conselheiros tutelares e beneficiários do Bolsa Família.
José Erivan, Josivan Tolentino e Marcelo Tolentino se enquadram na mesma situação, ou seja, ganham também R$ 850,00 como conselheiros e mais uma renda adicional da Bolsa Família. Erivan tem um cartão que lhe dá o direito de sacar R$ 112,00.
“Eu sei que já não posso mais ser bolsista”, diz Erivan, que não pode ser enquadrado na linha extrema de pobreza porque, além do salário de conselheiro, tem 13 cabeças de gado e 28 ovelhas no sítio Tapera, a 8 km do centro da cidade, onde mora com a esposa, um filho menor e seus pais.
Erivan foi localizado na sede do Conselho Tutelar na sexta-feira passada, dando expediente com os demais conselheiros Josivan e Marcelo Tolentino, que são parentes de primeiro grau, também beneficiários do programa social. Como Erivan, Josivan e Marcelo criam gado e ovelha na comunidade do Sítio.
Marcelo tem um valor acima de Erivan e Josivan: R$ 146,00 e há um ano e oito meses recebe R$ 850,00 como conselheiro. “Já pedi também para me cortarem do programa”, garante. Residente na comunidade do Barreiro, onde não chegou sequer ainda energia elétrica, Marcelo se insere no perfil de um pequeno criador.
Bartolomeu Rodrigues, presidente do PT, criador de gado e contemplado pela Bolsa.
Apesar da seca prolongada matar o gado ainda consegue meios para manter duas vacas e seis ovelhas. “Os animais são da família”, alega. Em Bela Vista do Piauí, a Bolsa Família contempla 693 famílias, entre as quais a de Bartolomeu Rodrigues de Souza, 45 anos, presidente municipal do PT, o Partido dos Trabalhadores.
Agricultor, Souza perdeu tudo o que plantou de milho e feijão por causa da seca, mas também não está na extrema pobreza, porque cria gado e ovelhas. Do Bolsa Família, recebe R$ 214,00 por mês.
“Eu não tenho emprego de carteira assinada, estou, portanto, dentro do que determina a lei”, alega. Secretária de Ação Social do município, Maria Helena Marques, esposa do prefeito, não esconde que há graves distorções na execução do Bolsa Família, mas ressalta que estão sendo corrigidas mediante o recadastramento dos beneficiários.
“A falha não é só nossa, mas do Ministério do Desenvolvimento Social também, que muitas vezes também faz cortes injustos, não sabendo separar entre o pai pobre que recebe pelo filho que está na escola e aquela família que tem direito por se encaixar no critério de extrema pobreza”, alega. Com exceção dos conselheiros tutelares, a secretária garante que não existem, entretanto, mais servidores beneficiados pelo programa.

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Repercussão internacional do Petrolão arrasa com imagem de Dilma e vai travar investimentos no Brasil

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net 
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A base governista, prestes a ruir e trair, está alarmada e quase desarmada. A tensão pode fazer mal à saúde dos poderosos: Lula da Silva e Dilma Rousseff. O cagaço nervoso tem fundamento. Se o Ministério Público Federal, com a colaboração da Receita e da Polícia Federal, sob ordens de membros da recém criada "Associação de Juízes Anticorrupção", mergulhar fundo na área de Saneamento, Desenvolvimento Urbano e FAS da CAIXA, o rombo da Petrobras irá parecer folguedo de criança.

Se houver uma devassa em contratos da Eletrobras e outras empresas estatais de economia mista, o mesmo modelo de negociatas do Petrolão, com propinas a partir de contratos superfaturados, pode se repetir. O agravante é que as empreiteiras seriam as mesmas enroladas na Operação Lava Jato. Os corruptos envolvidos estão no poder, a maioria com direito a foro privilegiado para julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. Oficiosamente, se fala em 32 parlamentares indiciáveis pela deduragem de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. Mas o número pode passar de 70...

Ontem, o desgoverno Dilma Rousseff foi alvo, mais uma vez, de um vexame midiático internacional. Deu no New York Times: "Estrela do Brasil, Petrobras está de mãos atadas por escândalo e estagnação". O jornal norte-americano ressaltou que o Petrolão seria o maior caso de corrupção em um país democrático na história do mundo moderno. Eis uma barbaridade para o esquema PT-PMDB comemorar com orgulho, pelo desfeito inigualável... O escândalo paralisa o Brasil. Investidores fogem daqui como o Diabo da cruz. A situação de Dilma é insustentável. Não tem moral para continuar governando. Que dirá tomar posse em janeiro para o segundo mandato. No entanto, no País da impunidade, isto deve acontecer, para vergonha mundial...

Os números da vergonha são ainda imprecisos. O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Augusto Nardes, que considera o Petrolão "o maior escândalo da história do TCU, estima que os desvios podem chegar a R$ 3 bilhões. O valor só se refere aos contratos das obras das refinarias Abreu e Lima, Presidente Getúlio Vargas e Duque de Caxias (RJ), do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e ainda a compra da unidade de Pasadena no Texas (EUA).

Oficialmente, os orgãos de investigação da Lava Jato não têm estimativa clara do total de valores desviados no sobrepreço em vários contratos firmados com a Petrobras. O valor final cobrado a mais e distribuído como propina ficará a cargo de um contabilista da 13a Vara Federal de Curitiba, onde tramitam até agora 12 ações penais decorrentes da Lava-Jato. Quando isso ocorrer, apenas a parcela apurada como fraudes em licitações públicas terá chance de voltar aos cofres da Petrobras. Já o dinheiro recuperado proveniente de corrupção deverá ser encaminhado ao Fundo Penitenciário da União.

Quando isto ocorrer - se realmente acontecer -, daqui a no mínimo uns 10 anos, que Brasil restará para os brasileiros honestos?


Editorial do Estadão confirma: Só tem ladrão...

O ESTADO DE S.PAULO
16 Novembro 2014 
Quando começou a vir à luz o conteúdo das investigações da Operação Lava Jato, lançada pela Polícia Federal (PF) em março deste ano para apurar a corrupção dentro da Petrobrás, houve quem previsse que a dimensão dessa encrenca poderia comprometer a realização das eleições presidenciais. Esse vaticínio catastrófico era obviamente exagerado. Mas os acontecimentos dos últimos dias revelam que esse escândalo sem precedentes não apenas compromete indelevelmente a imagem da maior empresa brasileira e da cúpula do partido que controla o governo federal há 12 anos - inclusive o ex-presidente Lula e a presidente reeleita Dilma Rousseff, como mostramos em editorial de sexta-feira -, mas pode ser só a ponta de um gigantesco iceberg.

Para ficar apenas nos acontecimentos mais importantes dessa semana: a empresa holandesa SBM Offshore, fornecedora da Petrobrás, fez um acordo com o Ministério Público de seu país pelo qual pagará US$ 240 milhões em multas e ressarcimentos para evitar processo judicial por ter feito "pagamentos indevidos" para obter contratos no Brasil e em outros dois países. No Brasil, a CGU iniciou investigações sobre as suspeitas de que cerca de 20 funcionários da Petrobrás teriam aceitado suborno da empresa holandesa.

Na quinta-feira, a auditoria Pricewaterhouse Coopers anunciou que não vai assinar o balanço contábil do terceiro trimestre da Petrobrás - cuja divulgação foi por essa razão adiada - enquanto não conhecer as conclusões das investigações internas da empresa sobre o escândalo, por temer o impacto do desvio de recursos sobre os ativos da petroleira. Trata-se de uma precaução raramente adotada por firmas de auditoria - o que demonstra a gravidade da situação da Petrobrás.

Na sexta-feira, a Operação Lava Jato iniciou nova fase, colocando 300 policiais em ação em cinco Estados - São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais - mais o Distrito Federal, para cumprir 85 mandados de prisão ou de busca contra executivos de empreiteiras e outros investigados por crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro. Para começar, prenderam no Rio de Janeiro o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, indicado para o cargo por José Dirceu.

Enquanto isso, chega a cerca de uma dezena o número de investigados da Lava Jato que reivindicam o benefício da delação premiada, numa demonstração de que quem tem o rabo preso no escândalo já percebeu que a casa caiu e a melhor opção é entregar os anéis para salvar os dedos, como já fizeram o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.

Diante das surpreendentes proporções do esquema de corrupção armado dentro da maior estatal brasileira com o objetivo de carrear recursos para o PT e seus aliados, não surpreende que os dois presidentes da República no poder durante o período em que toda essa lambança foi praticada soubessem perfeitamente o que estava ocorrendo. Em 2010 - Lula presidente e Dilma chefe da Casa Civil -, o Palácio do Planalto, por meio de veto aos dispositivos da lei orçamentária que bloqueavam os recursos, liberou mais de R$ 13 bilhões para o pagamento de quatro contratos de obras da Petrobrás, inclusive R$ 6,1 bilhões para a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O TCU havia chegado à conclusão de que esses custos estavam superfaturados, mas Lula e Dilma entenderam que era preferível tocar as obras. Só essa decisão comprova a responsabilidade desses políticos por um escândalo que deixa o Caso Collor no chinelo.

De fato, está registrada no Diário Oficial da União a prova documental da conivência de dois presidentes da República com a corrupção na Petrobrás. É um escândalo de dimensões mastodônticas que envolve todas as diretorias operacionais da estatal, dezenas de executivos de empreiteiras e outro tanto de políticos de praticamente todos os partidos mais importantes da base governista no desvio de recursos estimados em pelo menos uma dezena de bilhões de reais.

Somente alguém extremamente ingênuo, coisa que Lula definitivamente não é, poderia ignorar de boa-fé o que se passava sob suas barbas. Já Dilma Rousseff de tudo participou, como ministra de Minas e Energia e da Casa Civil e, depois, como presidente da República.

Devem, todos os envolvidos no escândalo, pagar pelo que fizeram - ou não fizeram.

Dilma defende Graça Foster de escândalos da Petrobras e ordena que ministros também a defendam

Publicado por Revolta Brasil
Um governo que diz que luta pela licitude, contra a corrupção e pela boa fé, se empenhando em peso para defender diretores da estatal mais utilizada para corrupção do Brasil, quem sabe do mundo, contra a própria justiça.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que ela e todos os ministros de seu governo têm obrigação de defender a Petrobras e seus diretores. Ela deu a declaração após ser questionada sobre a atuação dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) em favor de diretores da estatal que são alvo de apuração do Tribunal de Contas da União (TCU). “Gente, que maluquice! Veja bem, ó: a Graça Foster e a diretoria inteira da Petrobras representam a União”, disse a presidente da República. “É de todo interesse da União defender a Petrobras, a diretoria da Petrobras. Nada tem de estranho esse fato. Pelo contrário, é dever do ministro da Justiça, de qualquer ministro do governo, defender a Petrobras”.

Dilma deu a declaração em entrevista coletiva concedida durante visita às obras de transposição das águas do rio São Francisco no município de Floresta, em Pernambuco. “No meu governo, não precisa do ministro da Justiça só, ou do Adams. A presidente defenderá (a Petrobras)”, frisou Dilma. Para Dilma, as críticas à gestão da estatal são uma arma política de seus adversários eleitorais. A presidente, candidata à reeleição neste ano, avalia que, a cada eleição, há uma “tentativa” de se fazer uma CPI da Petrobras. “Eu acho extremamente equivocado colocar a maior empresa de petróleo da América Latina, sempre durante a eleição, como arma política”, afirmou.

Apesar de criticar a atitude dos adversários, que ela acusou de fazerem uso político da discussão sobre a Petrobras, Dilma endossou a proposta feita por líderes de seu partido no Congresso para que a CPI atualmente em curso investigue fatos relacionados à estatal durante os governos de seu adversário Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Eu me pergunto por que ninguém investigou com tanto denodo o afundamento da maior plataforma de petróleo, que custava US$ 1,5 bilhão a preços atuais”, afirmou em referência à P-36, plataforma que afundou no campo gigante de Roncador, na Bacia de Campos, em 2001. “Por que, apesar de estar em ação popular, ninguém investiga a troca de ativos feita com a Repsol?”, questionou Dilma, referindo-se à negociação de 2002, também na gestão Fernando Henrique.

Na entrevista, ela foi questionada ainda sobre notícias de que a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, passou seus bens para o nome dos filhos durante o processo de investigação pelo TCU da compra da refinaria de Pasadena. Foster deve ser incluída pelo TCU na lista de responsáveis pelo prejuízo bilionário da negociação e pode ter seu patrimônio declarado indisponível. “A presidente Graça Foster respondeu perfeitamente sobre a questão de seus bens em uma nota oficial”, disse Dilma. “Eu repudio completamente a tentativa de fazer com que a Graça Foster se torne uma pessoa que não possa exercer a presidência da Petrobras”.

Dilma ainda disse que Graça, uma de suas auxiliares mais próximas, participou do processo que fez a Petrobras ganhar reconhecimento da Agência Internacional de Energia por ter aumentado a produção brasileira de petróleo. “Passamos agora a produzir 2,3 milhões de barris por dia”, disse Dilma. Segundo ela, em 2018, o País terá uma produção diária de 3,8 milhões de barris equivalentes de petróleo. Em 2020, serão 4,2 milhões de barris equivalentes. “A Maria das Graças Foster esteve presente em todas essas esferas”. (Fábio Brandt, AE).