segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Ou o Brasil acaba com a petistite, ou a petistite acaba com o Brasil: o caso de Pasadena.

A petistite é a doença provocada pelo agente patogênico “petralha” — um vírus que engana o sistema imunológico da sociedade, tentando convencê-la de que ser assaltada por pilantras que se fingem de amigos do povo é uma coisa boa. Já escrevi um post demonstrando o estrago provocado pela refinaria de Abreu e Lima. Mas, como sabemos, não é a única consequência da grave infecção provocada pelo vírus “Petralha”, da estirpe “VS” — Vigarice Socialista.

Na VEJA desta semana, os repórteres Malu Gaspar e Robson Bonin informam que uma auditoria interna da Petrobras sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, produziu um relatório de 113 páginas. A revista teve acesso ao documento. Pois bem: entre as pessoas que concorreram para que se fizesse a operação desastrosa — que, segundo o Tribuna de Contas da União, gerou um prejuízo de US$ 792 milhões — estão, claro!, Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional; Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento; Renato Duque, ex-diretor de Serviços, e José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal.

Atenção! O relatório, produzido sob os auspícios da atual direção, comandada por Graça Foster, aponta apenas “falhas”. É, leitores! Mais uma vez, as toxinas produzidas pelo vírus petralha impedem que as coisas sejam chamadas por seu devido nome. É espantoso. O relatório aponta, por exemplo, que Nestor Cerveró, o principal executivo que conduziu então as negociações, ofereceu por metade da refinaria americana 80% a mais do que a avaliação feita pela consultoria Muse Stancil, contratada pela própria Petrobras.

Só isso? Não! Ceveró ofereceu ainda US$ 25 milhões de bônus a serem divididos entre funcionários da Petrobras e da belga Astra, então dona da refinaria americana, à qual adiantou outros US$ 10 milhões antes mesmo do fechamento do negócio. Leiam a reportagem: há incríveis, digamos, maquinações protagonizadas também por Costa, Duque e pelo próprio Gabrielli. Não obstante, o relatório produzido sob, se me permitem, as graças de Graça Foster, não fala a palavra “irregularidade” em nenhuma de suas 113 páginas. Fica parecendo que esse time de patriotas atuou de forma escandalosamente lesiva aos cofres da Petrobras apenas por distração. Nota: Costa já admitiu que recebeu propina também nessa operação.

A petistite corrói os cofres públicos, compromete o futuro do país e, se não for combatida, tira da sociedade a sua capacidade de reagir. O organismo não morre porque, como provam o Haiti e o Sudão, países não morrem; de algum modo, sobrevivem. Mas podem se inviabilizar para sempre. Ou o Brasil acaba com a petistite, ou a petistite acaba com o Brasil.


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