segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Oposição quer auditoria para apurar atrasos do Minha Casa Minha Vida

Obra abandonada do Minha Casa Minha Vida em Silva Jardim,
- Agência O Globo / Gabriel de Paiva/15-1-2015

Deputados de PSDB e DEM recorrerão ao TCU; 
petistas defendem o programa

POR O GLOBO.
BRASÍLIA — Parlamentares da oposição criticaram os atrasos do Programa Minha Casa Minha Vida, vitrine do governo Dilma Rousseff, e disseram neste domingo que pedirão esclarecimentos ao Poder Executivo, além de uma auditoria especial do Tribunal de Contas da União (TCU). Reportagem publicada pelo GLOBO mostrou que, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), 1,3 milhão de unidades foram contratadas entre 2012 e abril de 2014, e, até dezembro 83% delas não tinham sido iniciadas.

O relatório citou “risco patrimonial grave para a União”, como a liberação antecipada de dinheiro pelo Ministério das Cidades a agentes escolhidos pelas prefeituras para gerenciar os projetos habitacionais. Os repasses são feitos em volumes até 25 vezes maiores do que o capital e o patrimônio líquido do agente intermediário — “sem qualquer forma de garantia”. Procurado ontem, o Ministério das Cidades não respondeu.

O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) disse que pedirá ao Ministério Público Federal que investigue o programa e que o TCU faça auditoria especial:


— No conjunto, esse é um programa que deve ser aplaudido, mas há essas deficiências na execução. 
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) afirmou que já pediu informação sobre as contas do Minha Casa Minha Vida, mas que nunca recebeu “uma resposta clara”. O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) lembrou que, em 2014, o programa estava na campanha pela reeleição de Dilma e que o governo fez mais propaganda dele do que casas.


Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que há um acompanhamento fino do Programa de Aceleração do Crescimento e do Minha Casa Minha Vida, e defendeu as iniciativas, dizendo que elas têm “resultados muito bons”. O senador Paulo Rocha (PT-PA) descartou que haja uso de dados errados sobre o programa nas propagandas do governo.

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