quinta-feira, 2 de abril de 2015

“Nenhum de nós viu sinal” de corrupção, diz Dilma a agência

© Foto: Lula Marques/Bloomberg
A presidente Dilma Rousseff
A presidente Dilma Rousseff concedeu entrevista à agência internacional de notícias Bloomberg, na qual falou sobre a situação da Petrobras e a recente polêmica envolvendo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A entrevista foi ao ar nesta quarta-feira.

A presidente respondeu sobre a época em que foi presidente do conselho da Petrobras, entre 2003 e 2010. Questionada se teria percebido algum sinal de corrupção, Dilma afirmou: “Eu era a presidente do conselho, junto com alguns importantes empresários. Nenhum de nós sequer viu nenhum sinal de corrupção. Os sinais vieram como resultado de uma investigação criminal”.

Dilma ressaltou que o esquema de desvio de dinheiro da estatal está sob investigação da Política Federal, com atação do Ministério Público Federal e do Poder Judiciário. Afirmou ainda que a empresa deve começar a superar seus problemas internos “no final de abril”. O processo deve começar com a divulgação do balanço auditado da estatal.

“A Petrobras é uma companhia que com certeza dará lucro, com certeza vai distribuir dividendos, ela tem grande capacidade. Após as recentes descobertas de corrupção, ela está num caminho para superar este momento, porque vai tomar medidas drásticas”, afirmou.

Dilma falou ainda sobre a recente polêmica envolvendo o ministro da Fazenda Joaquim Levy. Durante uma palestra em São Paulo, Levy afirmou que a presidente tem "desejo genuíno de acertar" e nem sempre faz as coisas da "maneira mais fácil" e "efetiva".

O áudio com a fala de Levy foi divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo. Logo depois, o ministro divulgou nota sobre o assunto. Na avaliação de Dilma, o ministro foi mal interpretado.

A presidente Dilma Rousseff “Obviamente estão tentando criar intriga em torno do ministro”, disse a presidente à Bloomberg. “Não se pode sempre implementar medidas da forma mais direta”, completou.

Dilma afirmou ainda que o episódio criou uma “tempestade numa xícara de chá”, e ressaltou que “Levy é muito importante para o Brasil hoje e se mantém firme”.

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