domingo, 9 de agosto de 2015

Dilma afunda mais depressa se Lula virar ministro

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Se Dilma Rousseff cometer o desatino fatal de nomear Lula para algum ministério vai ser mandada para o esgoto da História, sem direito a tratamento. A eventual nomeação de Lula, especulação absurda que vem sendo tratada pela mídia amestrada como um fato sério, funcionaria como uma confissão antecipada de culpa. Se embarcar nesta furada, Dilma vai afundar mais rápido que o PTitanic...

Não vai colar a desculpa (esfarrapada) de que Lula iria ajudar a resolver a crise, rearticulando o governo e a base amestrada no Congresso (sem lhes pagar alguns mensalões?). Lula, que é uma das figuras mais poderosas e blindadas do Brasil, deve estar muito fragilizado psicologicamente para jogar no lixo o que seria o teórico simbolismo do Presidente da República (coisa que não existe por aqui) em troca de um nada seguro e absurdo direito a foro privilegiado, para eventuais acertos de contas com o judiciário. Lula, ministro de qualquer coisa, é uma piada de brasileiro.

Agora, vamos tratar de coisa séria! A quem pertence o mandado do Presidente da República? Ao mandatário escolhido pelo povo? Ou ao povo que o elege? No Brasil, de presidencialismo imperial, com abusivos poderes estatais capimunistas, a resposta é sempre a errada. Os eleitos sempre acham que estão acima do cidadão. No entanto, no correto raciocínio constitucional, a partir do Poder Instituinte, que deveria definir as regras do jogo democrático (a segurança do Direito), o povo é o dono do mandato presidencial.

Nossos Presidentes não pensam corretamente. Nossa Presidenta exagera na dose. Batendo recordes de impopularidade, porque demonstra ser incapaz de conduzir a coisa pública com competência, seriedade e honestidade objetiva, Dilma perdeu a legitimidade para continuar no poder. Assim, na democradura tupiniquim, um sistema que tem apenas cacoetes pretensamente democráticos, no qual o Estado interfere exageradamente na vida dos cidadãos e na atividade econômica, somos obrigados a assistir a patética cena de uma mandatária vociferando que aguenta pressão, que não vai cair, nem renunciar, embora tenha perdido a governabilidade.

Os políticos fingem não constatar que a principal crise brasileira é estrutural. Ela é a mãe das outras crises: política, econômica e moral. Por isso, não basta discutir se é preciso tirar Dilma do poder, por qualquer modo que seja: impeachment, anulação eleitoral, renúncia forçada ou algum golpismo. A meta real deveria ser uma intervenção constitucional, com prazo determinado, para mudar a estrutura estatal tupiniquim, a fim de que o Estado sirva à sociedade - e não mais se sirva dela. É o único jeito de fazer do Brasil um lugar decente, honesto, justo, democrático e produtivo.

O Alerta Total assina embaixo o que escreveu um dos defensores da Intervenção Constitucional, o jurista Antônio Ribas Paiva: "Temos que optar pelo melhor para a Nação e o Brasil. Não pelo conveniente ou menos traumático. Isto seria manter o regime do crime organizado. Como ocorre desde que o General Leônidas empossou, ilegitimamente, seu amigo José Sarney na Presidência da República. Da ilegitimidade não decorre nada legítimo. A única saída verdadeira seria uma Intervenção Constitucional, com o povo exercendo seu Poder Instituinte".

A tal da Nova República, que já nasceu caduca e ilegítima, esgota-se (no sentido conotativo ou detonativo do verbo). O Brasil necessita de profundas mudanças estruturais. Elas são necessárias e urgentes não só para nós. Trata-se de uma demanda mundial. A implantação de uma democracia saudável brasileira é crucial para o equilíbrio político e econômico do planeta. O agravamento de uma crise, que cause desestruturação do País, não interessa aos poderes globalitários. Uma ruptura institucional, perto da qual estamos, tem consequências danosas e imprevisíveis, gerando desequilíbrios complicadíssimos que ameaçam a segurança e a paz na Terra.

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