sábado, 27 de fevereiro de 2016

Os desafios e milagres supremos do Santo Lula

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net 
Por Jorge Serrão  - serrao@alertatotal.net

Em quase impossível processo de canonização política, o mito decadente Luiz Inácio Lula da Silva terá de torcer por um milagre para não acabar enrolado na Lava Jato. As complicadíssimas relações entre a Odebrecht (grande patrocinadora do Instituto Lula) e o casal de marketeiros João Santana e Mônica Moura (a diva sorridente) tendem a apimentar uma investigação que evoluiu de pixulecos milionários para acarajés ainda mais valiosos - inclusive cotados em dólar.

O Supremo Tribunal Federal pode até aceitar o pedido da defesa do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retirar do âmbito da Lava-Jato as duas investigações que apuram se ele foi beneficiado de forma irregular com favores de empreiteiras com reformas no sítio em Atibaia e no tríplex no Guarujá, ambos em São Paulo. Difícil vai ser impedir que a Lava Jato investigue o que está por trás da palestragem de Lula. O STF, até agora, confirmou 96% das decisões e pedidos do juiz Sérgio Moro, da 13a vara Federal em Curitiba.

O cerco a Lula se aperta. Resta a ele seguir reclamando... Agora, empresas, bancos e entidades de classe que fizeram pagamentos à L.I.L.S. Palestras, Eventos e Publicações estão sendo oficiadas pela Força Tarefa da Lava Jato. Têm de apresentar comprovantes dos pagamentos e da realização das palestras proferidas pelo ex-presidente. Sediada em São Bernardo do Campo, a L.I.L.S. é uma sociedade de Lula e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula.

É muita grana por palestras. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou pagamentos de R$ 27 milhões à empresa de Lula entre abril de 2011 e maio de 2015. Deste total, nada menos que R$ 10 milhões teriam sido pagos por empresas investigadas na Operação Lava Jato. O ex-Presidente palestrou para 41 empresas - segundo seu Instituto divulgou em nota, em agosto do ano passado.

Os artistas e intelectuais, convocados para a milagrosa defesa teatral de Lula, vão ter muito trabalho para salvar a imagem do Presidentro, cada vez mais maculada por suspeitos pixulecos, acarajés, mensalões e afins...

Uma história de chorar sobre o sítio de Atibaia

Foto: Reprodução

Em petição ao STF, tentando suspender investigação sobre a propriedade alheia, é feito um relato que, sem intenção, claro!, mostra o quanto Lula é admirado! e amado! pelos seus companheiros!

Tentando suspender as investigações do Ministério Público de São Paulo sobre o sítio que não lhe pertence, em Atibaia, Lula ingressou no Supremo Tribunal Federal com ação, que mostra, paralelamente, sem intenção, claro!, o quanto o petista é amado pelos companheiros. Siga o resumo, abaixo, de matéria da Folha, sobre a defesa de Lula:

1. O imóvel foi adquirido em 2010 por iniciativa de Jacó Bittar, amigo de Lula e um dos fundadores do PT, para ser compartilhado com o ex-presidente e seus parentes, após Lula deixar a presidência da República, no final daquele ano. 2. O local também serviria para Lula guardar os presentes recebidos do povo brasileiros nos seus mandatos no Palácio do Planalto.

3. Antes da compra do sítio, Jacó adoeceu. Então repassou o dinheiro, "recursos de suas aplicações pessoais", ao filho, Fernando Bittar, para adquirir a propriedade de 173 mil metros quadrados destinada a receber Lula e família, quando quisessem. 4. Como o dinheiro representava apenas um terço (R$ 500 mil) do valor da propriedade, Fernando convidou seu sócio, Jonas Suassuna, a participar com R$ 1 milhão! Jonas aceitou.

5. Lula nunca soube de nada. Só tomou conhecimento do negócio no dia 13 de janeiro de 2011, quando já não era mais presidente. (A matéria não refere, mas até os presentes de Lula foram levados para o sítio, sem Lula saber! Como conseguiram orientar os caminhões lotados?).

6. Dois dias depois, Lula foi ao sítio pela primeira vez, certamente sensibilizado com o carinho e o desprendimento dos amigos e companheiros de luta político-partidária.

7. Como o sítio não era suficientemente cômodo, o pecuarista José Carlos Bumlai ofereceu a reforma necessária, sem Lula saber de nada!

Não é uma história de chorar?

* * *

P.S.: Advogado de Bumlai nega que o pecuarista, hoje preso em Curitiba, tenha oferecido a reforma. E ironiza: "Só se Bumbai é dono da Odebrecht, o que não consta que seja".

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A QUEDA DE DILMA FICA MAIS PRÓXIMA, E O BRASIL FICA MAIS OTIMISTA. É UM FATO!

Mercados reagem bem à deflagração da fase Acarajé da Lava Jato. Investigação de aproxima de Lula e Dilma, e os agentes econômicos ficam mais otimistas. A queda de Dilma e do PT não resolve tudo, mas nada se fará enquanto eles estiverem aí.

Tenho insistido aqui e em toda parte para Dilma Rousseff renunciar ao mandato. A situação do Brasil é muito difícil, mas pode melhorar. E melhora se a presidente deixar a cadeira, se o PT sair do poder. Falo em renúncia porque é o caminho mais curto. É o que mais economiza o sofrimento dos brasileiros.

Vejam o que aconteceu com os mercados ontem. É bem verdade que notícias sobre o petróleo e sobre a China ajudaram, mas o que mais contou foi a deflagração da 23ª fase da Operação Lava Jato, a Acarajé, que decretou a prisão provisória de João Santana, marqueteiro do PT.

Que cheiro ficou no ar? O de que o impeachment está mais forte e, de maneira ainda mais radical, quem sabe a cassação pelo TSE da chapa que elegeu Dilma. Em qualquer dos casos, a petista deixaria o poder. E, com ela, o ciclo de irresoluções e incompetência que toma conta do país.

Notem: ninguém é ingênuo. Seja pelo caminho do impeachment, com a ascensão de Michel Temer à Presidência, seja com a cassação da chapa — e aí duas possibilidades se abrem: ou nova eleição ou posse de Aécio Neves —, todos sabemos que a Operação Lava Jato e seus sobressaltos continuam.

Ocorre que, se é verdade que a dita-cuja causa alguma turbulência, é evidente que o país não está nessa pindaíba por causa dela. A Lava Jato não fez uma recessão de 4% no ano passado nem fará outra que pode até superar essa marca neste ano; a Lava Jato não derrubou a arrecadação; a Lava Jato não provocou desordem no Orçamento. A Lava Jato não responde pela desarticulação política que toma conta do Planalto.

Isso tudo estaria aí com ou sem operação. Isso decorre do mais genuíno modo petista de governar em tempos de vacas magras, especialmente sob a coordenação de Dilma Rousseff.

O barril do petróleo teve alta nesta segunda no mercado internacional. Seria normal esperar alguma valorização da Petrobras, mas não de 13% nas ações PN (sem direito a voto) e 16,14% na ON (com direito a voto). Não por acaso, a empresa está no epicentro do petrolão. Sempre que o mercado acha que a queda de Dilma fica mais próxima, a reação é positiva.

Esses dados, diga-se, desmentem em essência o programa político do PT que vai ao ar nesta terça. No seu ponto alto mais baixo, Lula transmite uma mensagem de otimismo, de fé no Brasil.

O Brasil tem, sim, fé, Lula! Tem fé de que vocês vão nos deixar em paz. A queda de Dilma e do PT não vai resolver todos os nossos males num passe de mágica. Mas nós nem conseguiremos equacionar o problema enquanto eles estiverem por aí. Isso já não é mais uma opinião. É só matéria de fato.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A queda do marqueteiro


Foto: Marcelo Justo / Folhapress
Editorial do Estadão: A queda do marqueteiro

Publicado no Estadão
A decretação da prisão de João Santana, o poderoso marqueteiro das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, é um dos desdobramentos mais graves de toda a Operação Lava Jato. Embora a força-tarefa tenha enfatizado que seu trabalho, ao menos por ora, não é investigar campanhas eleitorais, o nexo entre Santana e o desvio de dinheiro da Petrobras para financiar a eleição de petistas salta aos olhos.

Seja lá que versão os magos da impostura a serviço do PT inventarão agora para explicar o que fizeram Santana e seus encalacrados clientes, o fato é que está por um fio a linha de defesa de Dilma a respeito da lisura de sua campanha – ela insiste em que o financiamento da campanha eleitoral foi considerado legal pelo Tribunal Superior Eleitoral e, por essa razão, tudo o mais seria irrelevante. Tal alegação, como hoje está mais claro do que nunca, faz troça da inteligência alheia e não pode ser aceita sem ressalvas pela Justiça.

Batizada de “Operação Acarajé”, em alusão ao termo que alguns investigados usavam para se referir à propina, a nova redada da Polícia Federal teve como alvos João Santana e a Odebrecht. A empreiteira teria usado empresas offshore para movimentar contas ocultas no exterior e depositar US$ 7,5 milhões na conta de outra offshore, que seria do marqueteiro.

O dinheiro, pago em diversas parcelas entre 2012 e 2014, seria proveniente da Petrobras e serviria para quitar despesas de campanhas do PT de 2008 a 2012. O intermediário da transação seria Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels, de Cingapura, que entre 2003 e 2009 fez negócios com a Petrobras no valor total de US$ 6 bilhões. Skornicki, apontado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco como o operador do repasse de US$ 40 milhões para diretores da estatal e para o PT, foi um dos presos na operação.

O cerco a João Santana leva a Lava Jato a uma nova dimensão. Atinge o estrategista das agressivas campanhas petistas das eleições presidenciais de 2006 a 2014, que ajudaram a criar o clima de antagonismo que hoje cinde o país. A cada novo sucesso de Santana, consolidava-se sua aura de gênio eleitoral e, com ele, a lamentável certeza de que não se ganha eleição no Brasil sem apelar ao marketing agressivo.

Foi assim que Santana amealhou notoriedade. É inesquecível sua estratégia na eleição de 2014, que Dilma venceu depois de agredir todos os seus adversários. A arrogância dos petistas ficou especialmente clara nas palavras do marqueteiro, que declarou, um ano antes do pleito, que “a Dilma vai ganhar no primeiro turno, em 2014, porque ocorrerá uma antropofagia de anões” – uma referência aos outros candidatos. “Eles vão se comer, lá embaixo, e ela, sobranceira, vai planar no Olimpo”, arrematou Santana, talvez movido pela confiança de quem sabia que a campanha petista tinha enorme vantagem sobre as demais porque podia contar com a incalculável pecúnia proveniente da roubalheira na Petrobras.

Como se sabe, no entanto, o prognóstico do confiante Santana não se confirmou – Dilma teve de apelar às táticas de atemorização do marqueteiro para vencer um duro segundo turno. O custo desse sucesso imoral está sendo pago em dolorosas prestações até hoje, na forma de grande impopularidade.

Enquanto isso, Santana continuou a posar de guru dos candidatos “progressistas” latino-americanos. No momento em que se expediu o mandado de prisão contra o marqueteiro, ele estava na República Dominicana, onde coordenava a campanha à reeleição do companheiro Danilo Medina, que desde sempre contou com o apoio de Lula e cujo governo, logo após uma visita do chefão petista em 2013, entregou uma obra de R$ 2 bilhões à Odebrecht, com crédito do BNDES.

Medina provavelmente terá de encontrar outro marqueteiro, porque o poderoso Santana, principal conselheiro tanto de Dilma como de Lula em momentos de crise, tem contas a acertar com a Justiça. Desde já, porém, pode-se dizer que a importância do avanço da Lava Jato contra Santana não está nos apuros desse personagem, e sim na evidência inapelável de que, nas campanhas eleitorais petistas, “fazer o diabo” não era mera força de expressão.

Prisão de secretária em Salvador na Acarajé leva pânico ao PT baiano


Por Redação Bocão News (@bocaonews) | Fotos: Vagner Souza / Bocão News
Durante as incursões da 23ª fase da Operação Lava Jato em Salvador, a Acarajé, uma prisão levou pânico ao PT baiano. Conforme apontado pela coluna Satélite, do jornal Correio, Maria Lúcia Guimarães Tavares, funcionária de executivos da Odebrecht, é considerada um dos principais arquivos-vivos sobre distribuição de dinheiro de empreiteiras para campanhas de 2008 e 2012. A relação incluiu disputas encabeçadas por petistas na Bahia.

Maria Tavares foi detida na manhã dessa segunda-feira (22), em meio às ações de busca aos apartamentos do marqueteiro do PT João Santana, na Rua das Acácias, na Pituba, e levada imediatamente para Curutiba, no Paraná.

Ainda segundo a publicação do diário baiano, os delegados federais e procuradores da República afirmam ter provas de que a secretária era quem organizava todas as transações em planilhas para operadores e intermediários de propinas. As somas e destinatários seriam ocultados por códigos. "Era a pessoa responsável pelo controle das entregas dos acarajés, como os investigados chamavam os valores repassados", afirmou um agente da PF nessa segunda.

Segundo a coluna, no alto escalão do Palácio de Ondina, a prisão 
de Maria Tavares deixou o sinal de alerta no vermelho.

Fonte: http://www.bocaonews.com.br/noticias/politica/

Não existe mais possibilidades de DILMA continuar presidente do Brasil, TSE pode anular eleições

A corte eleitoral que junta ao processo os fatos relativos à prisão do marqueteiro João Santana e tem elementos para anular eleição presidencial.

Dilma certamente será deposta, eleições serão anuladas no Brasil! A decretação da prisão do marqueteiro das três últimas campanhas presidenciais do PT, João Santana, animou partidos de oposição e da ala oposicionista do PMDB no Congresso a se reorganizarem pela destituição da presidente Dilma Rousseff. Líderes dessas legendas reúnem-se na manhã desta terça-feira para criar um “comitê do impeachment”, que conta também com movimentos de rua, como o Brasil Livre (MBL).

A cúpula do PSDB quer reforçar a carga das ações movidas pelo partido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para cassar os mandatos de Dilma e do vice Michel Temer. Os tucanos vão pedir à corte que inclua nos processos os fatos relativos à prisão de Santana no âmbito da operação Acarajé, deflagrada nesta segunda-feira. Para o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), esta fase da operação foi “a mais grave” até agora. “Sem dúvida nenhuma, é o que de mais grave ocorreu na Operação Lava Jato até aqui. A campanha de Dilma foi abastecida com recursos de propina da Petrobras”, publicou o senador no seu perfil do Twitter.

A estratégia dos tucanos é reforçar a suspeita de que recursos ilícitos podem ter abastecido a campanha de Dilma para pagar o marqueteiro. A avaliação no partido é de que a Operação Lava Jato subiu a rampa do Palácio do Planalto.

“Esse fato evidencia, de forma mais categórica, o uso de recursos ilícitos da campanha da presidente Dilma”, afirmou o coordenador jurídico do PSDB e um dos vice-presidentes do partido, deputado Carlos Sampaio (SP). “Tudo ajuda a fechar a ideia de que houve financiamento irregular na disputa”, comentou o advogado José Eduardo Alckmin, principal defensor do partido nas ações que impugnam a chapa Dilma e Temer.

Andamento do processo – Em parecer ao TSE, no dia 5, Eugênio Aragão, vice-procurador-geral eleitoral, rebateu alegação de Dilma que requereu a não admissão de documentos enviados à corte pelo juiz federal Sérgio Moro. O procurador deu parecer favorável ao compartilhamento de provas da Lava Jato na Ação de Investigação Eleitoral em curso no TSE contra Dilma e Temer.

Para o procurador, o argumento do Planalto de que a documentação sob a guarda de Moro não pode ser admitida como prova emprestada “não se aplica à hipótese”. Aragão terá de se manifestar também no caso de a oposição enviar ao TSE documentos envolvendo Santana.

Ministros da corte eleitoral ouvidos pela reportagem se dividem sobre um novo compartilhamento dos dados da Lava Jato pelo tribunal. “O compartilhamento de dados é fácil. É claro que eles virão”, previu um ministro do TSE. “A cada nova revelação se configura o abuso de poder econômico”, alegou. Para esse ministro, os próprios advogados envolvidos no caso é que deverão pedir para o Ministério Público Federal repassar os dados à corte. Um outro ministro do TSE avalia que o repasse de dados para o tribunal “não é automático”. “Não pode haver nada na Lava Jato que diga respeito às eleições de 2014. Se caso existisse, não seria o foro competente. Moro não pode investigar a presidente da República.”

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A "ROSEMARY" DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF

Sonia, amiga de infância de Dilma e companheira da luta armada


Em 1993, quando Lula conheceu a secretária Rosemary Nóvoa de Noronha ao visitar o Sindicato dos Bancários de São Paulo, não tinha noção da importância que ela teria em sua vida. Dez anos depois, quando assumiu a presidência, o romance já estava mais do que consolidado. Para mantê-la a seu lado, Lula não teve dúvidas em criar por decreto um cargo público especialmente para nomeá-la como chefe de Gabinete da Presidência da República em São Paulo.
Era uma função sem o menor sentido ou necessidade, que se tornou um estranho apêndice no organograma do governo, pois não havia Chefia de Gabinete em nenhuma outra cidade, apenas na capital paulista. Depois, Lula se animou e ainda teve a ousadia de abrir gabinetes também em São Bernardo do Campo e em Florianópolis (onde residiam filhos e netos), que obviamente foram desativados com sua saída do Planalto.
DILMA SEGUIU O EXEMPLO
Curiosamente, ao assumir o governo em 2011, Dilma Rousseff tomaria idêntica iniciativa, ao criar a Chefia de Gabinete da Presidência da República em Belo Horizonte, exclusivamente para nomear a amiga de infância Sônia Lacerda Macedo, que foi sua colega de sala em dois colégios, companheira de armas na luta contra o regime militar e que depois a assessorou na Casa Civil do governo Lula.
A criação do Gabinete Regional em Belo Horizonte foi publicada pelo Decreto 7.462, de 2011. No mesmo documento, também foi implantado um Gabinete em Porto Alegre, onde a Presidência da República alugou um grande escritório no luxuoso edifício Opus One, decorado com mobília de primeira, mas Dilma acabou desistindo de inaugurá-lo em função do escândalo de Rosemary.
NO ORGANOGRAMA…
O site da Presidência da República mostra que, hipoteticamente, há duas Chefias de Gabinetes Regionais. Uma delas funcionaria em São Paulo, mas não tem ocupante desde a demissão de Rosemary em 2012, embora continue mantendo instalações e funcionários, carro e motorista, sem servir para nada.
A outra Chefia de Gabinete que supostamente estaria funcionando é a de Belo Horizonte, criada especialmente por Dilma Rousseff para acolher a amiga de infância, vejam a que ponto chega a desfaçatez desse tipo de governante (ou governanta, segundo o idioma dilmês).
O site da Presidência já nem menciona a Chefia de Gabinete em Porto Alegre, que existiu, tinha funcionários e jamais prestou qualquer serviço. A absoluta inércia funcional na verdade é característica comum a todas essas repartições criadas para contemplar amigos com empregos maravilhosos e desnecessários, custeados com recursos públicos, ou seja, do povo. Mas quem se interessa? O Tribunal de Contas da União? O Ministério Público Federal? Claro que não, porque têm coisas mais importantes a resolver.
A IMPRENSA DENUNCIA
É preciso reconhecer que a imprensa não tem se omitido. Dois importantes jornais de Minas Gerais, o Estado de Minas e O Tempo, já denunciaram que o escritório de Belo Horizonte não tem a menor serventia, a não ser atribuir um belo salário à velha amiga e companheira de armas de Dilma Rousseff.
A presidente da República, aliás, jamais esteve no gabinete da capital mineira, nem mesmo para inaugurá-lo. A suposta repartição funciona no 11º andar do prédio do Banco do Brasil, na Rua da Bahia, em espaço cedido ao governo. Com quatro funcionários, a principal função do escritório é recepcionar a chefe de Estado e seus ministros, mas até hoje Dilma nunca despachou no local.
A única iniciativa do gabinete que já foi noticiada é o desenvolvimento de um projeto, a pedido de Brasília, para a criação do Memorial do Colégio Estadual Central, onde estudaram os presidentes Arthur Bernardes e Getúlio Vargas, além da própria Dilma Rousseff.
Curiosamente, no Memorial até agora nada existe sobre os dois líderes políticos. No acervo, a pasta de Dilma Roussef é a primeira entre os notáveis (e um deles é o atual governador Fernando Pimentel). Depois, surge a segunda pasta, sobre a própria Sônia Lacerda Macedo, que deve se julgar também uma figura importante e histórica, era só que faltava.

Carlos Newton


Fonte: http://rvchudo.blogspot.com.br/

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Currículo de Lula fede cada vez mais. Veja versão resumida

Para MP-SP, ocultou patrimônio. Para MPF, fez tráfico de influência em favor da Odebrecht

Por: Felipe Moura Brasil
O currículo de Lula – resumido neste blog em outubro – se parece cada vez mais com uma folha corrida. Para o Ministério Público de São Paulo, o ex-presidente se valeu da construtora OAS e de amigos para ocultar patrimônio. (1) Para o Ministério Público Federal, Lula fez tráfico de influência em favor da Odebrecht. (2)

1) Publicadas pela VEJA, as mensagens do empreiteiro da OAS Léo Pinheiro, condenado a 16 anos de cadeia por distribuir propina em troca de contratos com a Petrobras, detalham como a empresa fez as reformas e mobiliou o tríplex do Guarujá e o sítio de Atibaia, seguindo as diretrizes do “chefe” e da “madame”. Lula é o chefe; Marisa Letícia é a madame (ou dama), segundo os policiais.
Só as cozinhas dos dois imóveis, encomendadas e pagas pela OAS a uma loja em SP, custaram mais de 500.000 reais.

“Dr. Léo, o Fernando Bittar aprovou junto à Dama os projetos tanto de Guarujá como do sítio”, escreveu um interlocutor não identificado.

Embora Lula jure não ser dono de qualquer dos dois imóveis, mensagens como esta praticamente provam que os proprietários formais do sítio, Bittar e Jonas Suassuna – dois sócios de Lulinha em outra empresa -, são, na verdade, laranjas do ex-presidente. Só em 2014, por exemplo, os Lula da Silva passaram metade de todos os fins de semana do ano no sítio de Atibaia. Mais de 200 caixas com pertences da família Lula – 37 delas de bebida – foram levadas de Brasilia até o sítio quando o petista deixou o Palácio do Planalto em 2001.

Como escrevi aqui: não adianta beber as provas, Lula. Nem descascar laranjas. Nem amarelar para depoimentos. O camburão está chegando.

2) Publicados pela Época, documentos de inquérito do Ministério Público Federal apontam que Lula:

– Fez parte de um “modus operandi criminoso” junto com executivos da Odebrecht e diretores do BNDES para liberar dinheiro do banco à empreiteira, sendo esta liberação feita em velocidade incomum – até 49% acima da média -, com valores que, no total, chegaram a 7,4 bilhões de dólares;
– Praticou, em favor da Odebrecht, o crime de tráfico de influência, que pode render de 2 a 5 anos de prisão; – Vendeu sua “influência política” à empreiteira por R$ 7 milhões;
– Usou o contrato de palestras entre sua empresa L.I.L.S (iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva) e a Odebrecht para “dar aparência de legalidade” à própria remuneração pelo tráfico de influência.
Só como “pagamento pelo êxito” em destravar a Venezuela para a Odebrecht, por exemplo, Lula recebeu R$ 330 mil da empreiteira sob a forma de contrato de prestação de serviço.

Também ficou claro que Lula viajava a serviço da Odebrecht e depois se encontrava com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, seu velho parceiro de Foro de São Paulo, como mostrei em vídeo de outubro que também reproduzo abaixo.

O discurso de coitadinho-atacado-pelas-elites fica cada vez mais ridículo para um ex-presidente milionário que aparentemente troca favores espúrios com empreiteiras bilionárias contratadas pelo governo do seu partido e envolvidas em escândalos de corrupção na maior estatal do país.

As farsas lulistas estão caindo uma a uma.

3) Reproduzido abaixo o currículo resumido de Lula, conforme publicado neste blog em outubro, embora ele precise ser atualizado constantemente, como fiz acima. Lula é aquele…

– em cujo governo se institucionalizou o maior esquema de corrupção da história do mundo, conhecido como petrolão, além do esquema de compra de apoio parlamentar conhecido como mensalão, do qual ele era, politicamente, o maior beneficiário;
– suspeito de tráfico nacional (no BNDES) e internacional de influência para favorecer a empreiteira Odebrecht, cujo dono acabou preso, acusado de organização criminosa, lavagem de capitais e corrupção, inclusive em contratos com a Petrobras;
– suspeito de ter vendido a Medida Provisória 471 durante o seu mandato presidencial para favorecer montadoras de veículos com a prorrogação de incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano;
– cujo filho Luiz Cláudio tem uma empresa, a LFT Marketing Esportivo, que recebeu R$ 2,4 milhões de Mauro Marcondes, um dos lobistas investigados por negociar a edição e a aprovação da MP 471;
– cujo filho Luiz Cláudio, formado em educação física e ex-auxiliar de preparadores físicos, conseguiu ainda a proeza de atrair para um torneio de futebol americano o patrocínio milionário de empresas como Budweiser (grupo Inbev), Energético TNT (Cervejaria Petrópolis), Caoa Hyndai, Tigre, Sustenta Energia (grupo JHSF), Qualicorp e Gol, algumas das quais devem muito ao governo do partido do pai;
– cujo melhor amigo, José Carlos Bumlai, que tinha trânsito livre em seu gabinete, é investigado pela Polícia Federal após ser acusado por um pagador de propinas de ter recebido R$ 2 milhões para intermediar negócios no setor de petróleo;
– cuja nora teria sido a beneficiária desses R$ 2 milhões, como possível forma de pagamento pelo lobby que o sogro teria feito na empresa Sete Brasil – em reuniões confessadamente marcadas por Bumlai – a favor do estaleiro de Eike Batista;
– que, segundo o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), “colocou uma quadrilha do seu partido para roubar carteiro e viúva de carteiro” nos fundos de pensão, o que resultou em nova CPI, para a qual o PT barrou a convocação de Bumlai evidentemente com medo das consequências;
– cujo filho Fábio Luís era, nas palavras do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), “limpador de estrume de elefante no Zoológico de São Paulo” e, após a posse do pai como presidente, tornou-se um megaempresário, que foi enriquecendo conforme sua produtora recebia milhões de reais da Telemar, empresa depois favorecida pela alteração de uma lei mediante decreto assinado pelo presidente papai;
– cujo sobrinho, Taiguara Rodrigues dos Santos, era um pequeno empresário em Santos-SP, até que uma de suas empresas de engenharia, a Exergia Brasil, foi contratada pela Odebrecht para uma obra em Angola, no mesmo ano em que a empreiteira conseguiu no BNDES um financiamento para esse projeto;
– cujo sobrinho Taiguara ganhou contratos de obras justamente após o titio ex-presidente ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira; e acabou recebendo dela, ao longo de quatro anos, 2 milhões de dólares, conforme o próprio Taiguara admitiu à CPI do banco, sem conseguir comprovar as credenciais que lhe aproximaram dos contratos milionários;
– dono de uma cobertura tríplex no edifício Solaris, no Guarujá (SP), uma das oito obras assumidas por uma empreiteira envolvida no petrolão, a OAS, depois da quebra em 2006 da Bancoop, então presidida por seu amigo João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT atualmente preso pela Operação Lava Jato;
– cujo tríplex e cujo sítio tiveram suas reformas pagas pela mesma OAS, cujo presidente, Léo Pinheiro, que o chamava de “chefe”, também está preso;
– cujo nome estava junto ao de Gilberto Carvalho e José Dirceu na lista de políticos que um empresário ameaçava envolver na teia criminosa que resultou no assassinato, em 2001, do petista Celso Daniel, então prefeito de Santo André;
– cujo partido usou a Petrobras, segundo o operador do mensalão Marcos Valério, para levantar 6 milhões de reais e comprar o silêncio do chantagista citado no item anterior;
– cujo emissário teria sido imbuído com a missão de arranjar serviço e dinheiro para o marido de sua famigerada amante, Rosemary Noronha, que ameaçava contar tudo que sabia dos esquemas dele após ser abandonada;
– que disse, em evento partidário, que o seu ex-ministro e antigo braço-direito José Dirceu, duplamente preso pelo mensalão e pelo petrolão, “tem o meu aval”, e depois mentiu em entrevista à TV sobre os condenados pelo mensalão, dizendo que “não se trata de gente da minha confiança”;
– que deu apoio eleitoral ao ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, cujo governo foi acusado por um promotor de Justiça foragido de tê-lo pressionado para forjar provas que justificassem a prisão e a condenação do opositor político Leopoldo López, a quem senadores brasileiros foram proibidos de prestar uma visita na cadeia quando estiveram no país;
– que se negou a extraditar o criminoso italiano Cesare Battisti, acusado de matar quatro pessoas, para um país democrático que o julgou e condenou democraticamente;
– que foi informante (o “Barba”) do Dops durante a ditadura militar, segundo Romeu Tuma Júnior;
– que legitimou moralmente os crimes fiscais da sucessora e afilhada política, Dilma Rousseff, com a mentira de que as chamadas “pedaladas” foram destinadas a pagar programas sociais como o Bolsa Família, quando, na verdade, elas bancaram grandes empresas e produtores rurais, segundo os próprios dados do BNDES e do Banco do Brasil enviados ao jornal Folha de S. Paulo;
– cuja sucessora e afilhada teve suas contas públicas reprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mentiu para a população cometendo uma série de estelionatos eleitorais e ainda quebrou o país, após ter sido eleita e reeleita com dinheiro supostamente roubado da Petrobras no esquema montado no governo do padrinho e continuado durante o seu mandato;
– que, apesar das prisões de seus amigos, companheiros e contratantes; das citações de seu nome e de seus parentes nas investigações dos escândalos de corrupção; do depoimento do doleiro Alberto Yousseff para quem ele sabia de tudo do petrolão; e de mais um monte de passagens nebulosas de sua biografia que não caberiam no presente questionário, sempre alega descaradamente que não sabia de nada, enquanto trama golpe atrás de golpe para salvar a própria pele.

* Assista também:


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Papa Francisco não dá declarações sobre “matrimônio” homossexual? Isto é o que pensa

Papa Francisco no voo papal /
Foto: Alan Holdren (ACI Prensa)
VATICANO, 19 Fev. 16  (ACI).- O debate sobre as uniões homossexuais é um tema importante na Itália nesses dias. O Papa Francisco recordou que o que ele pensa é o que diz a Igreja.

Esta é a pergunta feita ao Pontífice e a resposta completa que foi dada.

Pergunta: A minha pergunta é sobre a família, tema que o senhor afrontou nesta viagem. No Parlamento italiano está em discussão a lei sobre as uniões civis, tema que tem levado a fortes embates políticos, mas também a um forte debate na sociedade e entre os católicos. Neste particular, gostaria de saber o seu pensamento sobre o tema da adoção da parte das uniões civis, e portanto, sobre os direitos das crianças e dos filhos em geral.

Resposta: Antes de tudo, não sei como estão as coisas no Parlamento italiano... O Papa não se envolve na política italiana. Na primeira reunião que tive com os bispos, em maio de 2013, uma das três coisas que disse: “Com o governo italiano, se virem vocês”. Porque o Papa é para todos, e não pode se meter na política concreta, interna de um país: este é o papel do Papa, não? E aquilo que penso é aquilo que pensa a Igreja – porque este não é o primeiro país que faz esta experiência: são tantos. Eu penso aquilo que a Igreja sempre disse sobre isso.

Confira também: 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Papa Francisco sobre “amiga” de João Paulo II: “a amizade com uma mulher não é pecado”

Foto: Papa João Paulo II e Anna Tymieniecka
VATICANO, 18 Fev. 16 / (ACI).- Há alguns dias, a rede BBC publicou uma notícia na qual afirmava que São João Paulo II teve uma “intensa relação” com uma mulher. Um dos jornalistas a bordo do avião papal no voo de retorno do México fez uma pergunta ao Papa Francisco e isto foi o que disse a respeito.

Pergunta: Muitos meios publicaram o intercâmbio de cartas entre João Paulo II e a filósofa estadunidense Anna Tymieniecka, que nutria – diz-se – um grande afeto pelo Papa polonês. Na sua opinião, um Papa pode ter uma relação tão íntima com uma mulher? E depois, se me permite, o senhor tem alguma importante correspondência, conhece – ou conheceu – este tipo de experiência?

Papa Francisco: “Isto eu sabia, esta relação de amizade entre São João Paulo II e esta filósofa, quando estava em Buenos Aires: uma coisa que se sabia, também os livros dela são conhecidos, e João Paulo II era um homem inquieto.... Depois, eu diria que um homem que não sabe ter uma boa relação de amizade com uma mulher – não falo dos misóginos, eles são doentes – falta a ele alguma coisa.

E eu, por experiência própria, também quando peço um conselho, peço a um colaborador, a um amigo, um homem, mas também gosto de ouvir o parecer de uma mulher: e te dão tanta riqueza! Olham as coisas de um outro modo.

Gosto de dizer que a mulher é aquela que constrói a vida no ventre e tem – mas esta é uma comparação que eu faço, não? – e tem este carisma de te dar coisas para construir. Uma amizade com uma mulher não é pecado: uma amizade.

Uma relação amorosa com uma mulher que não seja tua mulher, é pecado. O Papa é um homem, o Papa tem necessidade também do pensamento das mulheres. E também o Papa tem um coração que pode ter uma amizade sadia, santa com uma mulher. Existem santos amigos – Francisco, Clara, Teresa, João da cruz…Não se assustem..., mas, as mulheres ainda são um pouco…não bem consideradas, não totalmente…não entendemos o bem que uma mulher pode fazer a vida do padre e da Igreja, no sentido de um conselho, da ajuda, de uma amizade saudável.

Esta é a posição definitiva do Papa sobre comunhão para divorciados em nova união

Francisco / Alan Holdren (ACI Prensa)
VATICANO, 19 Fev. 16 / 03:06 pm (ACI).- Ao ser perguntado sobre a participação dos divorciados em nova união na vida da Igreja, o Papa Francisco recordou que “integrar na Igreja não significa ‘comungar’”, porque receber a eucaristia não é “uma honorificência”.

O Papa se referiu ao comovedor testemunho de um casal de divorciados em nova união que escutou em Morelia: “E estes dois eram felizes! E usaram uma expressão muito bonita: ‘Nós não fazemos a comunhão eucarística, mas fazemos comunhão na visita ao hospital, nisto e naquilo...’. A integração deles permaneceu ali. Se há alguma coisa a mais, o Senhor dirá a eles, mas... é um caminho”, indicou.

Este é o texto completo da pergunta que fizeram e a resposta que o Pontífice deu:

Pergunta: Santo Padre, o senhor falou muito de família e do Ano da Misericórdia, nesta viagem. Alguns se perguntam, como uma Igreja que se diz “misericordiosa” pode perdoar mais facilmente um assassino do que quem se divorcia e casa novamente...?

Resposta: Mas, gostei da pergunta! Sobre a família, falaram dois Sínodos e o Papa falou durante todo o ano na catequese das quartas-feiras. E a pergunta é verdadeira, me agrada, porque você a fez plasticamente bem, eh! No documento pós-sinodal que sairá – talvez antes da Páscoa – se retoma tudo aquilo que o Sínodo – em um dos capítulos, porque existem muitos – fala sobre os conflitos ou sobre famílias feridas, e a pastoral das famílias feridas... É uma das preocupações. Assim como outra é a preparação ao matrimônio. Pense você, que para se tornar padre, são oito anos de estudo, de preparação, e depois, depois de um certo tempo, não consegue mais, pede a dispensa e vai embora e está tudo certo. Pelo contrário, para receber um Sacramento que é para toda a vida, três quatro palestras... A preparação ao matrimônio é muito importante: é muito, muito importante, porque acredito que seja uma coisa que a Igreja, na pastoral comum – ao menos no meu país, na América do Sul – não valorizou muito. Por exemplo – agora não tanto, mas há alguns anos – na minha Pátria, havia o costume de... se chamava “casamento em apuros”: casar rapidamente, porque vem um filho. E para cobrir socialmente a honra da família... Ali, não eram livres, e tantas vezes estes matrimônios são nulos. E eu, como bispo, proibi os sacerdotes de fazerem isto... Que nasça a criança, que continuem namorados, e quando sentem que é para toda a vida, que sigam em frente. Mas existe uma ausência do matrimônio.

Depois, outro capítulo muito interessante: a educação dos filhos. As vítimas dos problemas da família são os filhos: os filhos. Mas também vítimas dos problemas da família que nem marido nem a mulher querem: por exemplo, a necessidade de trabalho. Quando o pai não tem tempo livre para falar com os filhos, quando a mãe não tem tempo livre para falar com os filhos... Quando eu confesso um casal que tem filhos, um matrimônio, pergunto: “Quantos filhos vocês tem?”. E alguns se assustam dizendo: “Mas, o Padre me perguntará porque não tenho mais...”. E eu direi: “Farei para você uma segunda pergunta: você brinca com seus filhos?”, e a maioria – quase todos! – dizem: “Mas, Padre, não tenho tempo: trabalho o dia todo”. E os filhos são vítimas de um problema social que fere a família. É um problema... gosto da sua pergunta.

E uma terceira coisa interessante, no encontro com as famílias em Morelia – não: foi em Morelia?” Não... em Tuxtla, em Tuxtla – havia um casal de recasados em segunda união, integrantes da pastoral da Igreja... E a palavra-chave que usou o Sínodo – e eu a peguei – é “integrar na vida da Igreja as famílias feridas, as famílias de recasados”, e tudo isto. Mas não esquecer as crianças no centro, eh! São as primeira vítimas, quer pelas feridas quer pelas condições de pobreza, de trabalho, de tudo isto...

Nova pergunta: Significa que poderão comungar?

Resposta: Esta é uma coisa... é a última. Integrar na Igreja não significa “comungar”, porque eu conheço católicos recasados que vão à igreja uma vez por ano, duas vezes: “Mas, eu quero comungar!”, como se a comunhão fosse uma honorificência, não? Um trabalho de integração... todas as portas estão abertas. Mas não se pode dizer, (...) “podem comungar”. Isto seria uma ferida também aos matrimônios, ao casal, porque não fará com que eles sigam por este caminho de integração. E estes dois eram felizes! E usaram uma expressão muito bonita: “Nós não fazemos a comunhão eucarística, mas fazemos comunhão na visita ao hospital, nisto e naquilo....”. A integração deles permaneceu ali. Se há alguma coisa a mais, o Senhor dirá a eles, mas... é um caminho, é uma estrada...”.

Confira também:

ACI Digital ‎@acidigital
“Comungamos através do irmão necessitado”: divorciados em nova união emocionaram o Papa http://www.acidigital.com/noticias/comungamos-atraves-do-irmao-necessitado-estes-divorciados-em-nova-uniao-emocionaram-o-papa-42217/ …

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Wojtyla e Anna-Teresa Tymieniecka, uma amizade de mais de 30 anos e “sem nada de malicioso”, afirma o ex-secretário Dziwisz

Vaticano: “Não é de admirar: o papa era amigo de muitas pessoas”. Vicariato: “Cada escrito foi levado em conta no processo de canonização”.

IGREJA E RELIGIÃO

A redação da BBC resolveu “perturbar” João Paulo II onze anos depois da sua morte e quase dois desde a sua canonização. A rede britânica fez barulho em torno da correspondência intercambiada entre o papa e a filósofa norte-americana de origem polonesa Anna-Teresa Tymieniecka.

Wojtyla sempre manteve correspondência com velhos e novos amigos, incluindo mulheres. Uma delas foi a psiquiatra Wanda Poltawska, de Cracóvia, a quem o Santo Padre estava ligado por uma amizade tão profunda que ambos se chamavam de irmão e irmã, como ela revelou no livro “Diário de uma amizade”, publicado após a morte de São João Paulo II.

O jornalista Edward Stourton, da BBC, examinou a correspondência entre o papa e Anna-Teresa Tymieniecka na Biblioteca Nacional da Polônia – que adquiriu o material por uma grande soma de dinheiro. A emissora britânica pretende produzir um documentário chamado “As cartas secretas do papa João Paulo II” (como se elas fossem mesmo secretas).

O material examinado demonstra uma amizade que durou cerca de 30 anos e uma proximidade especial entre o papa e a filósofa, que foi definida pelo próprio papa como “um dom de Deus”.

As primeiras cartas datam de 1973, quando Wojtyla já era arcebispo de Cracóvia. São mais “formais”. Ao longo dos anos (a última é de 2005, poucos meses antes da morte do papa), tornaram-se mais confidenciais. “Minha querida Teresa, você fala de estar separados, mas eu não sei como encontrar resposta para estas palavras”, lê-se, por exemplo, em uma das cartas.

Em outra, de 1978, ano de sua eleição ao trono de Pedro, ele escreve: “Estou escrevendo após o evento, para que a correspondência entre nós possa continuar. Prometo que me lembrarei de tudo nesta nova etapa da minha jornada”. Antes, em uma carta de 1976, Wojtyla tinha escrito: “Já no ano passado eu estava procurando uma resposta para essas palavras ‘eu te pertenço’, e, finalmente, antes de deixar a Polônia, encontrei a maneira: um escapulário”, como sinal da “dimensão em que te aceito e te sinto em todos os lugares e em todo tipo de situação, quando estás perto e quando estás longe”.

São frases que, se mal interpretadas, podem dar lugar a malícia e ambiguidade. A própria BBC teve de estabelecer em seu site que “não há nenhum sinal de que o papa tenha quebrado o seu voto de castidade” e que a amizade consistia mais num “vínculo platônico”. Stourton fez sua interpretação: “Eu diria que eles eram mais do que amigos, mas menos do que amantes”, sugerindo que a mulher abrigava “sentimentos intensos” pelo seu correspondente, enquanto o papa teria tentado dar uma direção de amizade à sua relação.

Nada disso era novidade para o Vaticano, como contou à agência ANSA o relator da causa de beatificação de São João Paulo II, o padre Daniel Ols. O Vicariato de Roma declarou a ZENIT: “Tudo o que é exigido pelo direito canônico foi cuidadosamente seguido. Neste caso, no início do processo de beatificação e canonização de São João Paulo II, todas as pessoas em posse de escritos atribuídos ao Servo de Deus foram convidadas, por meio de um edito e de várias publicações, a transmitir tais escritos ao tribunal competente caso ainda não constassem na postulação, e todos os escritos entregues foram examinados durante o processo”.

O cardeal Stanislaw Dziwisz, que durante 40 anos esteve ao lado de Karol Wojtyla como colaborador fiel e, depois, foi seu secretário particular durante todo o longo pontificado de João Paulo II, declarou em uma carta divulgada ontem: “Qualquer um que tenha vivido ao lado de João Paulo II sabe muito bem que não espaço algum para qualquer interpretação maliciosa. Ele era livre e transparente e não tinha nenhum complexo, pois era um homem puríssimo, capaz de respeitar cada pessoa e cada situação da vida. Esta é a única chave de leitura com a qual interpretar toda a sua vida exemplar e santa”.

Greg Burke, vice-diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, declarou aos jornalistas que “não é de admirar que o papa João Paulo II tenha mantido estreitas amizades com várias pessoas, tanto homens quanto mulheres. Ninguém pode se dizer chocado com esta notícia”.

Karol Wojtyla conheceu Tymieniecka quase por acaso, em 1973, quando ela procurou o então cardeal de Cracóvia por conta de um livro de filosofia que ele tinha escrito. Foi assim que começou uma intensa correspondência. Tymieniecka, que tinha se casado em solo norte-americano depois de sofrer a ocupação nazista, decidiu viajar dos Estados Unidos à Polônia para discutir a revisão de um dos textos escritos por Wojtyla. Ao longo dos anos, houve vários outros encontros: às vezes particulares, às vezes na presença do cardeal Dziwisz. Diversas fotografias retratam os dois esquiando nas montanhas durante uma das tão amadas viagens do Santo Padre, ou em Roma e nos corredores do Vaticano, conversando tranquilamente. Sem nada para esconder.

Brasil paga R$ 285 milhões por energia eólica que não é produzida

São 48 parques de energia a partir do vento que não funcionam por falta de linhas de transmissão. Por contrato, governo paga mesmo sem receber.

O Bom Dia Brasil mostrou, em julho do ano passado, os parques eólicos que não funcionavam por falta de linhas de transmissão. A equipe de reportagem foi ver se eles já foram ligados – e nada: quase 50 parques que produzem energia a partir do vento estão prontos – e parados.

Na Bahia e no Rio Grande do Norte, 48 parques eólicos até agora não ajudaram a iluminar uma única casa. O problema é que faltam linhas de transmissão para levar a energia produzida pelo vento até os consumidores.

Juntos, os parques teriam capacidade de produzir 1.286 megawatts de energia, o suficiente para abastecer 2,3 milhões de residências.

Na Bahia, o parque eólico da Renova Energia, fica espalhado por três municípios: Caetité, Guanambi e Igaporã.  

O maior complexo eólico da América Latina ficou pronto em julho de 2012 e até hoje todas as torres estão paradas. A energia do local poderia abastecer uma cidade com quase 3 milhões de habitantes.  

De acordo com o contrato firmado durante o leilão, o governo federal paga pela energia, mesmo sem recebê-la. Só a Renova Energia, na Bahia, recebeu – desde a inauguração – R$ 285 milhões. São R$ 15 milhões todo mês.  

Segundo a Chesf, que é responsável pelas linhas de transmissão, a ligação dos parques com o sistema de energia será concluída em um mês.

“Até o mês de março, nós teremos a possiblidade de estar conectando esse conjunto de parques eólicos no Nordeste”, afirma o presidente da Chesf, Marcos Aurélio Madureira.

ONDE ESTÃO OS MÉDICOS CUBANOS ?

Por Milton Pires. Artigo publicado em 13.02.2016
Eles eram “mais humanos que os médicos brasileiros”, sua medicina era “reconhecida no mundo inteiro”, eles trabalhariam onde os médicos brasileiros (que não gostam de pobres) “não aceitam trabalhar”. Pois bem, pergunto: Onde estão os médicos cubanos agora que o Brasil, manchete mundial em função da epidemia de Zika Virus, precisa deles?

Zika, Dengue, Chikungunya são doenças transmitidas por um mosquito, seu combate depende de orientações às pessoas mais pobres deste país a respeito de águas paradas, higiene e saneamento urbano: onde, meu Deus, estão os médicos cubanos que vieram para salvar o Brasil dos seus próprios médicos “que não gostam de pobres” ?

O Regime Petista não deu, até agora, uma palavra sequer sobre o papel do Programa Mais Médicos no combate à epidemia de Dengue e de Zika Vírus. Alexandre Padilha disse que médicos foram “levados” a milhões de brasileiros, o prefeito de Porto Alegre, que defendeu a vinda dos cubanos e se preocupa mais com galinhas do que com doentes, permanece em silêncio e todos aqueles que falavam em “trabalho em equipe”, aqueles que dizem que precisamos combater a visão “hospitalar e medico cêntrica” estão quietinhos, quietinhos…

As “doulas” vão fazer parto domiciliar de mulheres com sorologia positiva para Zika vírus??? Os médicos cubanos vão fazer o diagnóstico da Síndrome de Guillain Barré??? Nenhuma palavra, nenhuma resposta ….Reina o mais absoluto silêncio do Ministério da Saúde.

Médicos cubanos foram trazidos ao Brasil a “peso de ouro” e sem que o país pudesse, sequer, ter certeza de que são médicos. Uma epidemia assola o país, as Olimpíadas podem ser canceladas, milhões de crianças vão nascer com problemas neurológicos – nenhuma palavra do Regime Petista ! Nada ! Reina o silêncio absoluto. Pergunto ainda sobre os bandidos que comandam as prefeituras brasileiras, que despediram médicos brasileiros de cargos efetivos para contratar os escravos cubanos da Ditadura de Fidel Castro: quais os números da epidemia de Dengue e Zika Vírus nestas cidades?? Alguém sabe me dizer?

Perdi meu emprego, num hospital público comandado pelo braço local da organização criminosa que comanda o país, por atacar publicamente esse governo criminoso. O que aconteceu comigo aconteceu com outros médicos. Agora, mais do que nunca, para combater o Zika vírus, o Brasil precisa de médicos…

Onde estão, repito pela última vez a pergunta, os médicos cubanos?