quarta-feira, 12 de abril de 2017

Wagner recebeu US$ 12 milhões em ‘vantagens indevidas’, relatam delatores da Odebrecht

Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias 

O secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner, recebeu US$ 12 milhões em “vantagens indevidas”, de acordo com delatores da empreiteira Odebrecht. A informação sobre o também ex-ministro dos governos Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva consta em petição assinada pelo relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin.

De acordo com o jornal Valor Econômico, US$ 2 milhões foram pagos aparentemente como contribuição para sua campanha à reeleição ao governo da Bahia, em 2010, mas o motivo real foi a concessão de benefícios fiscais associados ao ICMS, que teriam beneficiado a empreiteira. Em 2010, quando ainda era governador, Wagner recebeu de presente um relógio de US$ 20 mil, de acordo com os colaboradores. O ex-ministro confirmou ter recebido o relógio, mas disse nunca ter usado o objeto.

Ainda no contexto das eleições do ano de 2014, o grupo teria repassado a Jaques Wagner, também a pretexto de contribuição eleitoral, R$ 10 milhões ¬ valor devido em razão de dívida da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb).

A petição tem como base os depoimentos do ex¬-presidente e herdeiro da empreiteira, Marcelo Odebrecht, e outros ex¬executivos da empresa, como Cláudio Melo Filho, Hilberto Mascarenhas e Benedicto Júnior. Como Wagner não tem prerrogativa de foro, o documento foi remetido à Procuradoria da República na Bahia e, por decisão de Fachin, não tramita mais em sigilo.

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